Mais
de 750 reeducandos de MS serão capacitados em cursos
do Pronatec
09/09/2013
Reeducandos de Mato Grosso do Sul também estão incluídos no
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A Agência
Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen)
tem garantidas para este ciclo, pelo Ministério da
Justiça, 761 vagas.
De acordo com a chefe da Divisão de
Educação da Agepen, Elaine Arima Xavier Castro, gestora demandante do Pronatec, já
estão assegurados cursos em unidades penais de Campo Grande, Aquidauana, Dois Irmãos do Buriti, Amambai,
Bataguassu, Corumbá, São Gabriel do Oeste, Rio
Brilhante, Três Lagoas, Paranaíba, Cassilândia e
Dourados. “Falta ainda confirmação em Coxim, Jardim e Naviraí”,
comenta. Cada estabelecimento prisional onde as qualificações profissionais
estão sendo ou serão realizadas possui um responsável por fazer as
pré-matrículas e organizar a documentação necessária, como comprovante de
escolaridade, Cadastro de Pessoa Física (CPF), entre outros.
O programa foi criado pelo governo
federal em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica.
Dentre as iniciativas do programa educacional está a
Bolsa-Formação Trabalhador, cujo objetivo é promover a oferta de cursos de
Formação Inicial e Continuada (FIC). “Todos os presos, mesmo do fechado,
irão receber R$ 2,00 a hora aula”, informa a chefe da Divisão de Educação da Agepen. Para isso, estão sendo abertas contas bancárias
para os detentos participantes.
Em unidades prisionais de Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti, as capacitações tiveram
início no mês passado e estão em andamento, por meio de parceria com o Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Os
custodiados estão sendo qualificados para atuarem com horticultura orgânica e,
posteriormente, com viveiricultura. Com 160 horas
aula, a capacitação envolve, ao todo, a participação de 75 internos nos dois
municípios, e aborda desde conteúdos sobre planejamento da logística, controle
fitossanitário à comercialização de produtos e empreendedorismo no campo.
Na Capital, os cursos serão
realizados no Presídio de Segurança Máxima, Instituto Penal, Casa do Albergado
e nos estabelecimentos prisionais femininos de regimes fechado e semiaberto.
“No Centro Penal da Gameleira, já tivemos pelo Pronatec o curso de cultivo de
mandioca, com planejamento de mais dois cursos", informa a gestora.
Segundo ela, detentos do regime aberto e custodiadas que cumprem pena nos regimes semiaberto e aberto estão participando do
curso de Operador de Computador, fora dos presídios.
Para o diretor-presidente da Agepen, Deusdete Oliveira,
oportunizar qualificação profissional aos reclusos é um dos principais meios de
reinserção social. “Temos custodiado um público com uma carência educacional
muito grande, e oferecer essa oportunidade de qualificá-lo para o mercado de
trabalho reflete diretamente na redução da reincidência criminal”, ressalta.
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