Projovem Urbano promove protagonismo social

2/9/2009 12:31

Da Redação

Agência Pará

 

O exercício do protagonismo social é mais uma das habilidades que o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - ProJovem Urbano no Pará começa a estimular entre os 8.400 alunos matriculados nos 20 municípios do Estado. Um dos frutos do conjunto de iniciativas voltadas a esse foco pode ser colhido com o processo de escolha de representantes de turma, que resultou na primeira reunião de estudantes de Castanhal com a coordenação estadual na noite desta terça-feira (1º), realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Paulo Cezar Rodrigues. Cerca de 50 alunos estiveram no encontro para discutir sobre as demandas e propostas de quase 800 jovens que participam do programa no município polo do nordeste paraense.

Coordenador do programa no Pará, Ari Loureiro saudou o grupo e reafirmou que a responsabilidade dos jovens está não apenas na interlocução com seus colegas no programa, mas na contribuição à prática da cidadania e transformação social.

Os alunos foram os grandes responsáveis pelo transcurso da reunião, pautada no debate sobre os direitos e deveres de cada parte envolvida no programa - gestores da esfera nacional, estadual e municipal, estudantes e professores. Entre os assuntos discutidos estavam a bolsa mensal de R$ 100 que cada um recebe durante os 18 meses do programa; a alimentação do intervalo de aula; e a qualificação profissional, que faz parte do programa de conclusão do ensino fundamental aos jovens de 18 a 29 anos.

Miriam da Silva de Souza tem 23 anos e cursou até a 5ª série. Ela está na terceira gestação e é uma das oito mulheres grávidas da sua turma. Enfrenta uma série de desafios, como os demais, e está orgulhosa de voltar a estudar e representar seus colegas de classe. "Tive filhos e casei. Não deu para continuar os estudos. Com esta oportunidade que o governo dá pra gente, espero terminar os estudos e arranjar um emprego bom", afirma, confiante. Miriam se engaja na organização do atendimento a um colega que está detido por delito na cidade, uma assistência especial da qual em breve ela também se beneficiará. No nono mês de gestação, ela precisará ter aulas e estudo com colegas em casa, para não comprometer sua formação.

Os professores do programa também expressam grande satisfação e esperança na iniciativa, por agregar especificamente um público historicamente excluído de políticas públicas e em situação de vulnerabilidade social. Professora de Matemática e uma das orientadoras da equipe, Adriana Roffe, que atua dez anos na profissão, revela que "a experiência é fantástica. A gente praticamente convive com o dia-a-dia dos alunos, não só ministra aula. A gente compartilha de seus problemas de casa e do trabalho; participa da superação dos obstáculos, para que concluam sua formação. Isso é ótimo".

 

Erika Morhy - Casa Civil da Governadoria

 

 

Fonte:

http://www.agenciapara.com.br/exibe_noticias_new.asp?id_ver=50354