Profissionais são capacitados para o ProJovem Urbano nas Unidades Prisionais

29.04.2009

 

Teve início na última terça-feira (28/4), em Brasília, a primeira etapa do Projovem Prisional, que vai capacitar profissionais para atuar na coordenação do Programa em penitenciárias do Acre, Pará e Rio de Janeiro. A iniciativa vai possibilitar a conclusão do ensino fundamental para os detentos na faixa etária de 18 a 29 anos, que cumprem pena em regime fechado.

A ação faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e é desenvolvido em parceria pela Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça. Nessa fase inicial, o Programa vai atender 560 presos, sendo 300 no Pará, 200 no Rio de Janeiro e 60 no Acre.

As aulas dos detentos começam em junho. Até lá, as instituições de ensino contratadas pelos estados também terão treinamento específico sobre as peculiaridades da educação no sistema prisional. “Nem sempre o professor está preparado para dar aulas nas penitenciárias. Existem questões que precisam ser discutidas como vulnerabilidade emocional e diferença nas formas de abordagem dos alunos”, observa o Coordenador de Apoio ao Trabalho e Renda, Marcus Castelo Branco.

A capacitação dos detentos será feita em 18 meses e a seleção dos alunos vai analisar se o tempo de detenção é suficiente para completar os módulos dos cursos. De acordo com a Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino do Depen, neste primeiro encontro serão capacitados diretores de pólos prisionais, coordenadores estaduais de educação do sistema prisional e gestores do Projovem.

Os convênios têm duração de dois anos e foram firmados com os três estados no segundo semestre do ano passado. Cada um deles receberá recursos de acordo com o total de presos beneficiados. O treinamento para as instituições de ensino que vão executar as ações educativas nos estados acontecerá entre os dias 4 e 7 de maio, no Rio de Janeiro.

“Fizemos um retrato da realidade de cada local para mediar as dificuldades que serão encontradas pelos estados ao longo da execução do programa”, afirma a assistente social Rejane Braga, da Coordenação de Apoio ao Ensino do Depen.

Ela ressalta que a iniciativa é desafiadora e vai elevar os índices de escolaridade, além de aproximar os presidiários do mercado de trabalho. “Foi preparado um desenho de educação dinâmico com um diferencial que respeite as regras de segurança dos presídios”, diz Rejane"

 

Fonte: Ministério da Justiça

 

Fonte:

http://www.projovemurbano.gov.br/site/interna.php?p=material&tipo=Noticias&cod=741