ProJovem amplia atuação

 

Wilson Pereira dos Santos, 28 anos, é um trabalhador rural do assentamento de Laranjeiras do Sul (PR), que estuda apesar de toda a dificuldade. Cursou até a 4ª série do ensino fundamental, saiu da escola aos 12 anos e voltou a estudar aos 27.

Wilson está um ano e sete meses caminhando para concluir o ensino fundamental no Saberes da Terra, do Ministério da Educação. Criado em 2005, o programa será reformulado e passará a se chamar ProJovem Campo, acrescentando uma bolsa de R$ 50,00 mensais. Esse recurso vai entrar na renda de mais 190 mil jovens do campo, que concluem a formação em 2010. O novo ProJovem ainda terá mais três núcleos: urbano, adolescente e trabalhador, que deve atender 4,2 milhões de pessoas. Elas receberão ensino profissional, assistência social básica e uma bolsa de R$ 100,00 mensais.

Ampliação — A união dos programas de juventude no ProJovem inclui diversas áreas do governo federal. O Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome amplia de 15 para 17 anos a assistência do Bolsa-Família, levando para quatro mil municípios o ProJovem Adolescente; a Secretaria-Geral da Presidência da República será responsável pelo ProJovem Urbano, que atenderá jovens de 18 a 29 anos em todas as cidades com mais de 200 mil habitantes. Eles receberão qualificação profissional, elevação da escolaridade e uma bolsa de R$ 100,00 mensais; o ProJovem Trabalhador reúne programas que promoviam a qualificação profissional como o Escola de Fábrica. Passa atender alunos de 18 a 29 anos, oferece cursos de 350 horas de qualificação profissional em 23 áreas do conhecimento e em 92 profissões, além de bolsa mensal de R$ 100,00.

A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) vai continuar a política do programa Escola de Fábrica, explica o secretário Eliezer Pacheco. De acordo com ele, o ProJovem Trabalhador precisa estar vinculado à escolarização e não apenas a formação profissional. “Vamos encaminhar o jovem para a escola”, afirma.

Mudanças — O objetivo é dar uma chance aos brasileiros que não conseguiram terminar o ensino fundamental. “Eu tinha vergonha de dizer que estudei apenas até a 4ª série, mas hoje tenho a responsabilidade de dar a eles a chance que recebi e me fez chegar à presidência deste país”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao anunciar nesta quarta-feira, 5, as mudanças do programa.

 

Gustavo Cruz

 

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Fonte:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8992&catid=209