Políticas Públicas de Juventude

09/02/2007

 

Terminou quarta-feira (07/02), o Encontro Nacional de Gestores de Políticas Públicas de Juventude. Cerca de 150 gestores de juventude estiveram reunidos em Brasília com o objetivo de fortalecer a cooperação entre os gestores dos órgãos municipais e estaduais e a Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República.

 

O evento foi organizado pela Secretaria-Geral da Presidência da República e contou com o apoio do Banco Mundial e do Governo do Distrito Federal. O encontro marcou o início de um processo de capacitação, focado no aperfeiçoamento da gestão e planejamento das políticas públicas juvenis. Entre os temas discutidos: os desafios da implementação das políticas públicas de juventude e os modelos de gestão integrada e orçamento federal. 

 

Na solenidade de abertura, o secretário nacional de Juventude, Beto Cury, reforçou a importância do encontro como uma consolidação da temática da juventude como uma política de Estado. Ele salientou, ainda, o papel relevante da aprovação de um Curso de Gestão de Políticas Públicas de Juventude. “Não existe uma cultura da temática juvenil. É importante que as pessoas que trabalham na área dominem a gestão e o orçamento para que a implementação dessas políticas nos municípios seja um sucesso”, afirmou o Secretário.

 

O secretário-geral da Organização Iberoamericana de Juventude (OIJ), Eugenio Ravinet, um dos convidados para compor a mesa na solenidade de abertura, ressaltou que os jovens estão sempre presentes nos veículos de comunicação, retratados em suas virtudes e problemas. “Todos falam e opinam sobre juventude. No entanto, é preciso conhecer a realidade para criar políticas que realmente funcionem”, lembrou Ravinet. “Independe o fato de um país ser desenvolvido, ou não, haver exclusão de jovens. É preciso investir e buscar soluções concretas e específicas”, reforçou.

 

Gestão integrada

 

No segundo dia, pela manhã, foi discutido o tema Desafios da Implementação das Políticas Públicas de Juventude. Em seguida, o grupo foi dividido para as apresentações dos programas desenvolvidos pelo Governo Federal atualmente. Entre eles, Agente Jovem, Escola Aberta, Segundo Tempo, Bolsa Atleta, entre outros. A subcoordenadora nacional do ProJovem, Renata Braga, apresentou o ProJovem.

 

A gestão integrada dominou a discussão durante a tarde. Mirian Belchior, representante da Casa Civil, explicou o conceito e a importância de se trabalhar de forma integrada. Segundo ela, a ação articulada é um trabalho conjunto, uma “soma de visões”. 

 

“Desde os ministérios, até os municípios. Sempre há outros órgãos envolvidos. Então, é preciso articular as ações e compartilhar a prática. Buscar motivação e não deixar o pique cair”, disse Miriam. “É um processo contínuo de olhar para trás e para frente e ver que resultados foram obtidos”, ensinou.

 

Em seguida, a coordenadora Nacional do ProJovem, Maria José Vieira Feres, explicou o funcionamento do Programa e mostrou que ele já nasceu de forma integrada, unindo educação, ação comunitária e trabalho. “O ProJovem é a materialização da integração que sempre foi sonhada pelos professores e educadores”, disse a Coordenadora. 

 

Maria José arrancou aplausos da platéia ao lembrar da dívida histórica que o Estado brasileiro tem os jovens excluídos. Ela explicou que o componente de Ação Comunitária do ProJovem, em que os alunos desenvolvem um projeto social na comunidade em que residem, não é uma contrapartida pelo auxílio financeiro que eles recebem. “O ProJovem é um programa para um público que sempre foi excluído de qualquer ação social. É uma dívida histórica”, afirmou ela. 

 

Sinal de um tempo

 

A secretária-adjunta da Secretaria Nacional de Juventude, Regina Novaes, terminou o painel do segundo dia afirmando que as Políticas Públicas de Juventude representam um sinal dos tempos. “Se hoje se fala nesse tema é porque a sociedade olhou no espelho retrovisor e constatou que a juventude excluída é uma mazela do desenvolvimento econômico”. 

 

Regina também comentou da necessidade de se pensar em políticas adequadas às especificidades do jovem. “Não adianta falar de tecnologia e informática sem mencionar a Internet”, disse. “É preciso pensar nas três dimensões da política: a estrutural, específica e emergencial. Cada jovem é de uma localidade específica, com suas diversidades e demandas”, ressaltou.

 

No último dia do evento (07/02), foi discutido o Orçamento Federal no Contexto das Políticas Públicas e a proposta de formação de gestores em Políticas Públicas de Juventudes.

 

Fonte:

http://www.projovem.gov.br/html/noticias/noticia87.html