Novo ProJovem Relator promete relatório consensual para Medida Provisória do novo ProJovem. Os debates prosseguem em audiência pública, no próximo dia 26

 

O relator da Medida Provisória 411/07, que trata do novo ProJovem, deputado André Vargas (PT-PR), comprometeu-se hoje a apresentar seu parecer antes que a MP comece a trancar a pauta da Casa, em 22 de março. O deputado também informou, em reunião realizada nesta terça-feira com a Frente Parlamentar em Defesa de Políticas Públicas para a Juventude, que vai elaborar uma proposta consensual.

A MP 411/07 reformula o programa ProJovem, criado pela Lei 11.129/05. A medida divide o programa em quatro modalidades: ProJovem Urbano; ProJovem Campo - Saberes da Terra; ProJovem Trabalhador; e ProJovem Adolescente - Serviço Socioeducativo. O presidente da frente parlamentar, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), disse que a idéia é atender 1,5 milhão de jovens nos próximos quatro anos. O orçamento previsto para tanto, segundo ele, é de R$ 6 bilhões.

 

Debate

Reginaldo Lopes marcou para o próximo dia 26, às 9h30, a primeira audiência pública para discutir a MP 411/07. Os participantes da reunião de hoje ressaltaram a necessidade de discutir com cuidado o assunto. Para o deputado Pedro Wilson (PT-GO), seria importante ouvir pelo menos estados e municípios para discutir experiências concretas, além de universidades.

Eudes Xavier (PT-CE) também considera fundamental ouvir as prefeituras, "sem levar em conta o partido, mas apenas o compromisso com o atendimento aos jovens". Ele sugeriu a realização de um seminário para discutir o impacto das medidas propostas. "Acho que as centrais de trabalhadores têm a obrigação de estar nesse debate", acrescentou.

Na opinião do deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE), o grande desafio para o sucesso das medidas propostas é garantir a integração das ações. Ele argumenta que a MP cria comitês gestores, "com a presunção de que isso vai viabilizar a integração das políticas, mas a experiência mostra que não é suficiente". Para o parlamentar, a frente pode ajudar o governo na tarefa.

 

Parcerias

Na avaliação da deputada Rita Camata (PMDB-ES), é essencial ouvir os jovens. "O protagonismo neste País é sempre superficial. Temos que ter o segmento de jovens para discutir o que está sendo proposto", defendeu. Camata também considera essencial estabelecer parcerias com a iniciativa privada, desde que haja controle sobre os recursos.

O deputado Moisés Avelino (PMDB-TO) também defendeu parcerias com o setor privado. "Tenho dúvidas quanto à aplicação lá na ponta, nas prefeituras. A grande maioria dos prefeitos se apodera de políticas sociais para fazer politicagem", afirmou. Para evitar esse tipo de problema, o deputado sugeriu que as políticas sejam direcionadas e com coordenação unificada.

A deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), no entanto, pediu a garantia de que os recursos sejam repassados apenas para os estados e municípios, que poderiam fazer parcerias com instituições privadas para a execução das atividades. "Eu não acredito que seja possível fiscalizar a aplicação descentralizada de recursos dessa ordem em todo o País", justificou.

 

 Agência Câmara

 

 

Fonte:

http://www.projovem.gov.br/html/noticias/noticia317.html