Nesta segunda-feira (3), começam as aulas do ProJovem Urbano em unidades prisionais do Rio de Janeiro e Acre

31.07.2009

 

O secretário nacional de Juventude, Beto Cury, participa da aula inaugural do ProJovem Urbano nas Unidades Prisionais na cidade do Rio de Janeiro, que vai atender a 200 jovens detentos que estão no presídio Milton Dias Moreira e na Cadeia Pública João da Silva, situados em Japeri.

A solenidade será realizada às 11h, no presídio Milton Dias Moreira, com a presença de autoridades do governo federal e do estado do Rio de Janeiro.

No Acre, o secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Antônio Lambertucci, e a subcoordenadora do Projovem Urbano, Renata Maria Braga, participam da aula inaugural no Complexo Penitenciário Dr. Francisco D´Oliveira Conde, que vai atender 60 detentos, e será realizada às 9h, no próprio presídio, situado na Estrada do Barro Vermelho, km 3, no Distrito Industrial.

Essa modalidade é uma extensão do Projovem Urbano, que é executado pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República. A iniciativa de estender o Programa para as unidades prisionais é fruto de uma parceria da SNJ com o Ministério da Justiça, por meio do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), e vai assegurar o direito à educação aos jovens que estão detidos, contribuindo para sua reintegração após o cumprimento da pena.

Assim como o Projovem Urbano, o programa oferece elevação de escolaridade, com a conclusão do ensino fundamental, qualificação inicial para o mundo do trabalho, inclusão digital e prática de experiências de participação social.

Segundo o secretário Beto Cury, a iniciativa vai permitir que esses jovens resgatem a esperança, dando-lhes a chance de retomar seus sonhos e o exercício pleno da cidadania. O secretário lembrou que o Programa passou por algumas adequações para atender às normas do sistema carcerário, a exemplo do pagamento do auxílio mensal de R$ 100,00. No caso dos jovens detentos, eles não receberão diretamente o benefício. Os alunos terão que indicar, por meio de procuração, o nome de uma pessoa que receberá o benefício por eles.

De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Justiça (DEPEN), os presídios brasileiros abrigam 440 mil detentos em 1.134 prisões, sendo que mais de 280 mil (cerca de 70%) são jovens entre 18 e 29 anos, que não completaram o ensino fundamental, incluindo cerca de 10% de analfabetos.

Para o diretor de Políticas Penitenciárias do Ministério da Justiça (Depen), André Luiz Cunha, este é um projeto inédito, que integra uma das 94 ações do Pronasci, programa que pretender mudar a realidade do sistema penitenciário brasileiro, por meio de iniciativas que envolvem Ministérios, órgãos não governamentais e sociedade civil. As ações do Pronasci preveem, por exemplo, a criação de 46,4 mil novas vagas, sendo 41 mil destinadas ao presos na faixa etária de 18 e 24 anos, e 5,4 mil voltadas para a população carcerária feminina.

 

Fonte:

http://www.projovemurbano.gov.br/site/interna.php?p=material&tipo=Noticias&cod=778