Facilitadores
do ProJovem no Ceará temem ficar sem dinheiro após
paralisação do programa
20/09/2013
Os
mais de 200 funcionários que prestaram serviços de qualificação profissional na
execução do programa ProJovem Trabalhador no Ceará
continuam sem saber como irão receber o dinheiro referente aos dias trabalhados
desde o último dia 26 de agosto.
A
execução do programa foi paralisada pelo Instituto Mundial do Desenvolvimento e
da Cidadania (IMDC) após a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social
(STDS) informar que iniciou o processo de rescisão do contrato celebrado com o
IMDC, além de já ter suspendido o repasse de verba, devido a denúncias no
âmbito federal.
O
ex-presidente do Instituto, Deivson Oliveira Vidal,
foi alvo da Operação Esopo deflagrada pela Polícia
Federal ao ser acusado de desviar verbas de licitações
firmadas com o Ministério do Trabalho e dez estados,
incluindo o Ceará.
As
dúvidas sobre o pagamento e o futuro do programa surgiram após todos os
funcionários receberem um e-mail, na última quinta-feira (19), informando que
as atividades do programa em todo o Estado deveriam ser paralisadas, devido à
falta de recursos, segundo alegou o IMDC.
O
facilitador Rafael Sousa atuou em Itapipoca durante o programa e é um dos
profissionais preocupados com o impasse. "Nos informaram
que o escritório do IMDC em Fortaleza está paralisado e, para recebermos nosso
dinheiro, mandaram a gente procurar o escritório em Belo Horizonte. Não sabemos
o que fazer. Teremos que ir até lá para conseguir nossos direitos?",
questionou.
Rafael
reclamou que todos os profissionais têm dificuldades para conseguir informações
com o IMDC. "Fica a incerteza. O escritório de Fortaleza diz que não vai
se responsabilizar. Trabalhamos até durante os sábados para tentar terminar a primeira
fase do programa no prazo estabelecido. Também sentimos muito por causa dos
alunos", lamentou.
A
cozinheira Zelma Rodrigues também teme que tenha um
prejuízo de pelo menos R$ 3.500 pela incerteza no pagamento dos serviços
prestados.
Ela
era responsável por fornecer lanches aos facilitadores e aos estudantes e
revelou que, em nenhum momento, foi informada de como deveria proceder para
receber o pagamento após o paralisação do programa."Não
pagaram e nem me avisaram nada. Nem o telefone atendem" reclamou.
Secretaria diz procurar soluções
A
STDS garantiu que, em parceria com a Controladora Geral do Estado (CGE) e a
Procuradoria Geral do Estado (PGE), está buscando e analisando soluções
técnicas e jurídicas para dar continuidade ao programa e aos cursos de
capacitação, sem que haja prejuízos para os jovens e os facilitadores do ProJovem Trabalhador.
A
reportagem também tentou entrar em contato com os escritórios do IMDC em Belo
Horizonte e Fortaleza, mas não conseguiu até o momento da publicação da matéria.
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