Aulas do ProJovem
terão início na segunda-feira
22.02.2010
As aulas do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) para 3.500 alunos, com idades entre 18 e 24 anos, que não concluíram o ensino médio nas cidades de Recife, Salvador e Porto Velho, começam na próxima quarta-feira, 20. Eles representam 20% do total de participantes inscritos no programa, nestas cidades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai proferir a aula inaugural, às 10h, no Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, e anunciar as datas em que o ProJovem terá início nas cidades de Fortaleza e Boa Vista.
O programa, uma parceria dos ministérios da Educação, do Trabalho e do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, com a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República, destina-se a jovens que terminaram a 4ª série, mas não concluíram a 8ª do ensino fundamental e estão fora do mercado formal de trabalho. Além de retornarem à escola, os estudantes vão receber um auxílio financeiro de R$ 100/mês e terão aulas de informática e de idiomas. A duração do curso é de 12 meses, com direito ao certificado do ensino fundamental.
Segundo o secretário Nacional da Juventude, Beto Cury, até o final de 2005 o programa deve estar nas 27 capitais com 200 mil jovens em sala de aula. “Este é um programa para dar cidadania a estes jovens. Existe uma parcela significativa da juventude que está no limite de uma perigosa fronteira, a de ser capturado pelo tráfico de drogas. São jovens que estão extremamente vulneráveis”, enfatizou. O programa possibilita aos jovens melhores possibilidades de disputar uma chance no mercado.
Origem - Marco Antônio Dib, técnico da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos (EJA/MEC), explicou a origem do projeto. “Ele nasceu a partir do grupo de estudo interministerial sobre juventude, o GT Juventude, do qual fazemos parte, assim como do comitê técnico e também da comissão gestora”. Para Dib, o Pro-Jovem vai possibilitar a muitos jovens participantes que caminhem sozinhos para o futuro. “O objetivo maior deste programa é fazer com que o aluno consiga, a partir da organização de sua experiência - mesmo em trabalhos informais -, desenvolver um pequeno projeto de um percurso formativo”, disse.
Capitais - O Brasil tem aproximadamente 1,8 milhão jovens com o perfil exigido pelo programa. Destes, cerca de 1,04 milhão está nas capitais. De acordo com a assessoria do ProJovem, esta é uma das razões que fez o governo federal optar por começar o programa nas capitais, onde está a maior concentração do problema.
Recursos - Os investimentos do ProJovem este ano são da ordem de R$ 311 milhões. O dinheiro vai custear o auxílio financeiro dos estudantes (R$ 100/mês), o salário de todos os profissionais - educadores, gestores e administrativos - além da compra de equipamentos, merenda e material didático. Serão comprados 14.800 computadores e impressoras (comuns e no sistema Braile), estabilizadores, maquinário e móveis. Também está previsto o gasto de R$ 0,50/alunos/dia, com a merenda. A contrapartida dos municípios é o espaço físico.
O sistema de Monitoramento e Avaliação será implantado automaticamente nos pólos onde o ProJovem começar a atuar. Ele é operacionalizado por meio de uma rede composta por oito universidades federais: de Juiz de Fora (UFJF), de Minas Gerais (UFMG), Estadual de São Paulo (Unesp), da Bahia (UFBA), do Pará (UFPA), do Paraná (UFPR), de Brasília (UnB) e de Pernambuco (UFPE).
Repórter: Sonia Jacinto
Palavras-chave: mec, notícias, jonalismo, matérias
Fonte:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3585&catid=204&Itemid=86