Alunos
do ProJovem são obrigados a assinar lista de frequência mesmo faltando às aulas
07/10/2013
Alunos
inscritos no Programa ProJovem Trabalhador em Porto Velho estão sendo obrigados
a assinar a lista de freqüência dos cursos que participam mesmo faltando às
aulas.
Segundo
a denúncia, a turma assina uma lista diariamente que depois é substituída pela
que será enviada a Brasília com a assinatura de todos os alunos, mesmo em datas
nas quais alguns não compareceram à sala.
Essa
revelação foi feita por um grupo de estudantes do curso de saúde que funciona
na paróquia São Luiz Gonzaga, no bairro Embratel.
A
comissão de cursistas está insatisfeita também com o atraso de mais de dois
meses do pagamento da bolsa auxilio de R$ 100,00, o não reembolso dos gastos com
transporte público no inicio do curso e a baixa qualidade do lanche servido.
Outro
fator que está revoltando os estudantes é o atraso no cronograma do curso,
cujas aulas práticas estavam previstas para começar no início do mês de
setembro.
A estudante Ana Paula, 23, que está inscrita
no curso de administração do pólo da Amazonas no bairro Escola de Policia disse
que investiu mais de R$ 150, 00 em passagens de ônibus no início das aulas na
esperança de ser ressarcida.
“Foi
prometido que eu seria reembolsada”, declarou a estudante que durante quinze
dias custeou a passagem de quatro ônibus por dia sendo dois de ida e dois de
volta do local, onde faz o curso.
“Quando
a gente reclama da alimentação, o pessoal justifica que não é melhor porque o
valor do lanche por aluno é R$ 1,25, mas se juntar todos os alunos, em quanto
ficará a soma desse dinheiro?”, questionou ela.
Secretário
explica situação
Eduardo
Rauen, secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento
Socioeconômico e Turismo (Semdestur), pasta responsável pelo ProJovem, declarou
que a gestão dos cursos está sendo de responsabilidade da empresa Mult Task
Informática e, portanto, não saberia explicar a metodologia aplicada em sala de
aula.
Sobre o atraso do pagamento da bolsa auxilio,
ele atribuiu ao fato de serem os primeiros meses do programa, além da
realização de uma operação da Polícia Federal para apurar fraudes no Ministério
do Trabalho e Emprego - MTE -, órgão responsável pelo repasse da verba, além da
greve dos bancos deflagradas recentemente.
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