JAQUELINE PEREIRA VENTURA. O PLANFOR E A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS TRABALHADORES: A SUBALTERNIDADE REITERADA. 01/10/2001

 1v. 122p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - EDUCAÇÃO

 Orientador(es): GAUDÊNCIO FRIGOTTO

 Biblioteca Depositaria: BIBLIOTECA CENTRAL DO GRAGOATÁ

 

Palavras - chave:

 PLANFOR; EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS; QUALIFICAÇÃO PROFISSI

 

Área(s) do conhecimento: ENSINO PROFISSIONALIZANTE

 

Banca examinadora: 

 FERNANDO SELMAR FIDALGO DE OLIVEIRA

 

Linha(s) de pesquisa:

 RECONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA RELAÇÃO TRABALHO E EDUCAÇÃO  Abarca projetos e reconstituição histórica da relação trabalho e educação, numa perspectiva do método histórico de compreensão da realidade.

 

Agência(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação: CAPES - DS

 

Dependência administrativa

  Federal

 

Resumo tese/dissertação:

 Aborda as mudanças ocorridas nas políticas públicas brasileiras destinadas à educação de jovens e adultos trabalhadores, sustentadas e justificadas pelas transformações nas relações sociais capitalistas neste fim de século. Essas mudança rompem com a estrutura tradicional da EJA, apontando para nova concepção e/ou para a construção de nova identidade dessa modalidade educacional, vinculando-a mais imediatamente às necessidades mercadológicas. Discute, em primeiro lugar, o cenário no qual se desenrola este processo, mapeando a passagem da ideologia desenvolvimentista para a ideologia competitivista, que engendra nova sociabilidade. Neste ponto, aborda, por um lado, a crise capitalista mundial que põe fim à "era de ouro" do capital, procurando revelar os contornos da sua nova configuração. Em segundo lugar, revê e analisa alguns dos marcos históricos e teóricos da EJA no Brasil: as campanhas para pôr fim ao analfabetismo; a educação de adultos e os projetos de valorização da cultura popular; os movimentos governamentais, como o MOBRAL; as experiências dos anos 1980/1990, salientando a identidade que está se projetando para a EJA no século que se inicia, explicitando a relação, cada vez mais próxima, entre os campos de trabalho e educação. Terceiro, considerando o Planfor como política pública que melhor expressa a nova perspectiva governamental para educação dos trabalhadores adultos na atualidade, faz, inicialmente, uma discussão sobre a divisão de tarefas entre MTE e o MEC. A partir daí, mapeia a origem empresarial do Planfor, seus objetivos, sua estrutura organizativa, sua inserção como política pública de combate ao desemprego e os resultados divulgados. Finalmente, analisa sua vertente mercadológica, na qual alimenta a idéia de uma educação voltada fundamentalmente para os interesses do mercado, concepção que, na verdade, reitera, sob novas bases (fascismo social) e novos conceitos ideológicos (competência, empregabilidade etc.), a subalternidade das classes populares.