Troca
da Prova Brasil por Enem custará R$ 17 mi a mais
25/08/2012
A
substituição da Prova Brasil pelo Exame Nacional do Ensino Médio para calcular
o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), como
planeja o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pode custar pelo menos mais
R$ 17 milhões por ano.
A
primeira alteração a ser feita, caso se concretize a ideia do ministro, que
pretende com a mudança `turbinar` o Ideb, é tornar o Enem
obrigatório, o que significaria incluir entre os avaliados mais 300 mil concluintes
do ensino médio. A conta, feita com base no custo por aluno da prova deste ano,
pode ser maior se o Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas Educacionais
(Inep), que prepara o estudo pedido por Mercadante,
concluir que será necessário também ampliar a estrutura de aplicação da prova.
Este
ano, com o Enem feito em 1.680 municípios, o custo foi de aproximadamente R$ 57
por candidato. A perspectiva do Ministério da Educação é trabalhar com o mesmo
valor. Os 300 mil concluintes que não farão a prova e terão que ser incluídos,
no entanto, podem estar em cidades mais distantes e locais de mais difícil
acesso, o que poderia obrigar o ministério a ter que ampliar o número de
cidades onde a prova é realizada e, consequentemente, toda a estrutura de distribuição
e pessoal e o gasto necessário.
O
custo, no entanto, não é uma grande preocupação no MEC. Com um dos maiores
orçamentos da Esplanada, o ministério já irá gastar este ano R$ 332,6 milhões
para que 5,79 milhões de candidatos possam fazer o Enem - número que inclui
estudantes de outras séries e que já concluíram o ensino médio.
Os
R$ 17 milhões a mais, avaliam integrantes da Pasta, não são considerados um
grande problema. Há outros, mais complicados, que podem até mesmo impedir que a
proposta de Mercadante se torne realidade.
A
ideia saiu da cabeça do ministro. A proposta logo entusiasmou o resto da equipe
porque poderia ampliar a quantidade de alunos avaliados. Hoje, a Prova Brasil é
a única do Ideb que é por amostra, e não censitária
como os testes do 5º e do 9º ano. Em 60 dias, o Inep
precisa entregar um estudo que deverá dizer se é viável usar o Enem como parte
da Prova Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado - iG Último Segundo - São Paulo, SP