Taxa de analfabetismo recua pouco no país
Folha de São Paulo, 19/09/2009 - São Paulo SP
Índice caiu de 9,9% para 9,8%
entre 2007 e 2008; em números absolutos, total de analfabetos adultos subiu de
DA SUCURSAL DO RIO
Nos indicadores da educação, um dado do IBGE destoa das boas notícias econômicas: a taxa de analfabetismo recuou só 0,1 ponto percentual na comparação entre 2007 e 2008. Os dados mostram que chegou até mesmo a haver um pequeno aumento no número absoluto de analfabetos adultos, que passou de 14,136 milhões para 14,247 milhões, mas, como a população de 15 anos ou mais aumentou, a taxa acabou caindo 0,1 ponto.
Em
compensação, a pesquisa registrou avanço em uma taxa que há cinco anos dava
sinais preocupantes de estagnação: o percentual de jovens de
Analisando a série histórica da
taxa de analfabetismo, se percebe que o Brasil não consegue mais reduzi-la no
mesmo ritmo da década passada. De
Bolsa Família
- O ministro da Educação, Fernando Haddad, comemorou os resultados de aumento
da escolarização divulgado pelo IBGE, mas reconheceu que os dados de
analfabetismo preocupam. "Precisaremos analisar melhor a Pnad para entender por que houve esse aumento no número
absoluto de analfabetos. Por se tratar de uma pesquisa amostral,
não se pode descartar que isso seja resultado de algum ajuste estatístico. Não dá para
entender como o número de analfabetos
aumenta na população de 25 anos ou mais se os dados mostram que as gerações
mais jovens têm taxa bem menor", afirmou Haddad. No caso da queda na taxa
de jovens fora da escola, Haddad comemorou a notícia porque, segundo ele, esse
segmento populacional é o mais difícil de ser atraído para a escola. "No
caso dos jovens, não basta construir escolas. É preciso torná-la atraente, e os
dados indicam um movimento positivo de volta à sala de aula." Ele também
disse que pode haver relação entre a ampliação do Bolsa
Família e o aumento de matrículas entre os jovens de