SANDRO SOARES DE SOUZA. EVENTOS DE LETRAMENTO E PORTADORES TEXTUAIS: A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS SEM TERRA NO ASSENTAMENTO 'CHE GUEVARA' DO MST (OCARA/CE). 01/01/2002

 1v. 1801p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - EDUCAÇÃO

 Orientador(es): ELIANE DAYSE PONTES FURTADO

 Biblioteca Depositaria: HUMANIDADAES/UFC

 

Palavras - chave:

 LETRAMENTO, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, MST

 

 

Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÃO DE ADULTOS

 

 

Banca examinadora: 

 TIMOTHY DENIS IRELAND

 

 

Linha(s) de pesquisa:

 MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO POPULAR E ESCOLA  Estudo dos múltiplos processos educativos e organizativos que se correlacionam com a dinâmica social, a educação popular e a escola: a produção do saber e sua apropriação, assim como as identidades culturais, representações e processos simbólicos.

 

 

Agência(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação: CAPES - PICDT

 

 

Dependência administrativa

  Federal

 

 

Resumo tese/dissertação:

            Este trabalho consiste numa pesquisa voltada para a área da Educação de Jovens e Adultos trabalhadores do campo, pertencentes ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Partindo de um Estudo Etnográfico do cotidiano dos Sem Terra do Assentamento 'Che Guevara', no município de Ocara, estado do Ceará, a investigação analisou: as Práticas de Letramento dos assentados no ambiente espaço-territorial do assentamento, manifestas na profusão de portadores textuais existentes no meio, e nos eventos de letramento envolvidos no processo de construção da identidade dos Sem Terra. As Práticas de Letramento estudadas envolvem, portanto: a. os eventos de letramento - compreendendo o Letramento como conjunto de práticas sociais que se utilizam da linguagem humana, enquanto sistema simbólico e, notadamente, a língua escrita, enquanto sistema de representação e enquanto tecnologia, em contextos específicos e que variam, estas práticas sociais, de acordo com as exigências dos grupos étnicos a qual pertençam os sujeitos - e b. os portadores textuais produzidos e circulantes nos distintos ambientes do assentamento, e cumprindo funções sócio-lingüísticas específicas. De caráter etnográfico, o estudo faz uso do Diário de Campo como ferramenta de dinamização e de produção dos dados da pesquisa. A proposta de intervenção oriunda do levantamento destes materiais é o de usá-los, dentro do possível, no cotidiano pedagógico, garantindo uma alfabetização e uma pós-alfabetização próximas ao contexto existencial dos sujeitos, através de um trabalho de inserção significativa destes textos em situações reais, permitindo a integração sala de aula/assentamento e uso escolar/usos sociais da leitura e da escrita.