Ana Tereza Reis da Silva. O alternativo e o conservador de uma prática educativa: Avaliação crítica do Terra Solidária/CUT-PR na perspectiva dos trabalhadores rurais. 01/02/2003

 1v. 112p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - EDUCAÇÃO

 Orientador(es): Maria de Fatima Quintal de Freitas

 Biblioteca Depositaria: Biblioteca central da Universidade Federal do Paraná

 

Palavras - chave:

 Formação Sindical; Educação Popular; Conscientização

 

Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÃO

 

 

Banca examinadora: 

 Denise de Camargo

 

 Maria de Fatima Quintal de Freitas

 

 Pedrinho A. Guareschi

 

 

Linha(s) de pesquisa:

 Economia Política da Educação  A linha tem como objeto a dimensão pedagógica dos processos sociais e produtivos: a formação humana no trabalho, na organização dos trabalhadores, nos movimentos sociais e na práxis da rua; a nova pedagogia do trabalho e a constr. de categorias mediadora

 

 

Agência(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação: CAPES - DS

 

Dependência administrativa

  Federal

 

Resumo tese/dissertação:

 A análise sobre o projeto Terra Solidária, prática de escolarização e profissionalização desenvolvida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), objetiva indicar em que medida esse projeto se figura como alternativa de conscientização, organização e participação política dos trabalhadores rurais. A pesquisa parte das falas dos alunos egressos que participaram do Terra Solidária quando de sua realização nas comunidades de Cerro Azul e Itaperuçu - PR, no período de 2000 a 2001. O trabalho de campo foi realizado através de entrevista em profundidade, utilizando-se um roteiro de perguntas semi-abertas. As informações coletadas revelam: a importância desse projeto para os trabalhadores rurais; as diferenças e as semelhanças entre o Terra Solidária e as escolas formais; as expectativas que os trabalhadores tinham em relação ao processo educativo e, em que medida, essas expectativas foram ou não respondidas; as mudanças provocadas na vida (pessoal e profissional) dos trabalhadores e, ainda, na forma e na intensidade da participação sindical e comunitária dos mesmos. Em geral, os dados apontam para a seguinte conclusão: embora o Terra Solidária tenha um caráter classista e contra-hegemônico, o fato da CUT oferecer escolarização e profissionalização reproduz a premissa neoliberal de minimização das responsabilidades sociais do Estado, nega a história cutista e põe em xeque a necessidade de um sindicato combativo.