Senai assume centro de educação profissional

18/10/2006 18:19

Jaguariúna (SP) —  O Serviço Nacional da Indústria (Senai) de São Paulo assumiu nesta quarta-feira, 18, o Centro Público de Educação Profissional de Jaguariúna, construído com recursos do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep). A transferência foi formalizada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, mediante convênio com o Senai São Paulo e a prefeitura local.

O Centro Público de Educação Profissional recebeu R$ 3 milhões do Proep. Tem capacidade para abrir 2.460 vagas anuais para cursos técnicos profissionais que, dependendo da área, têm duração de 800 a 1.200 horas. Um curso de gestão, por exemplo, pode ser feito em 800 horas. Já um da área industrial será obrigado a oferecer acima de 1.200 horas.

O centro também tem condições de abrir 1.600 vagas por ano em cursos básicos de educação profissional, de curta duração, para atualizar o trabalhador ou qualificá-lo. Em Jaguariúna, a demanda de cursos técnicos profissionais se concentra nas áreas de eletroeletrônica, telecomunicações, indústria e gestão, que são afins com a vocação regional.

Para o ministro Fernando Haddad, no ensino fundamental é o pai que manda o filho para a escola, mas a partir dos 15 anos, quando deve ingressar no ensino médio, a escolha do jovem tem um peso importante para a sua permanência e aproveitamento escolar. O estímulo deste jovem para estudar, diz Haddad, é superior se ele tem acesso à educação profissional e pode ter num prazo curto uma profissão.

Na avaliação do ministro, é a falta de motivação, e não de escola, que deixa cerca de dois milhões de jovens, de 15 a 17 anos, fora das salas de aula. “A educação profissional vai ajudar a reduzir estes números”, diz.

Durante a solenidade de assinatura do convênio, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, informou que o Serviço Social de Indústria (Sesi) vai direcionar, em 2007, seus cursos para o ensino médio profissional para atender a demandas dos jovens do estado. A Fiesp representa cerca de 150 mil empresas.

Rodrigo Dindo