Semed manterá EJA em escolas cedidas ao Estado para o ensino médio
27 de Outubro de 2010
Após reunir-se
com a secretária de Estado de Educação, Nilene Badeca, a titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Maria Cecília Amêndola da
Motta informou que as escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme) que funcionam
no período noturno, cujo espaço é cedido para aulas do Ensino Médio, de
responsabilidade do Governo do Estado, continuarão oferecendo o programa de
Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Atualmente, cerca de 2,9 mil alunos do EJA estão distribuído em 29
unidades da Reme. Destas, cinco escolas funcionam no período noturno para
atender as aulas do Ensino Médio, são elas: Professor Plínio Mendes (Guanandi),
Consulesa Margarida Maksoud Trad
(Estrela Dalva), Desembargador Carlos Garcia de Queiroz (Zé Pereira),
Professora Leire Pimentel de Carvalho Correa (Colibri) e Isauro
Bento Nogueira (distrito de Anhanduí). Três delas
oferecem as aulas do EJA no mesmo horário.
A titular da Semed explicou que a oferta do EJA nas demais unidades, que
hoje funcionam à noite, será mantida de acordo com a demanda. “No caso das
unidades que já funcionam à noite sob responsabilidade do Estado, que oferece o
Ensino Médio, vamos manter as aulas do EJA. Nas demais escolas,
vamos aguardar a demanda para promover uma reestruturação e garantir a
oferta do ensino de maneira a priorizar a qualidade e permanência do aluno em
sala de aula”, argumentou Maria Cecília.
A secretária
ressaltou que, além de preparar a criança para se tornarem cidadãos cientes de
seus direitos e deveres, dotando-os de capacidade por meio da educação, a
Prefeitura Municipal de Campo Grande tem ainda o compromisso de devolver o
estímulo e fazer com que jovens e adultos retornem aos estudos.
Para isso, a
oferta do EJA é fundamental. Porém, como acontece com todos os programas que
envolvem a educação da Reme, a Semed analisa e estuda
a realidade de cada grupo e identifica maneiras de aprimorar o ensino, a fim de
garantir a qualidade e manter os alunos na escola.
De acordo com
Maria Cecília, houve uma evasão de cerca de 60% dos alunos do EJA. A proposta
da Semed é reestruturar o programa para chamar esses
alunos de volta e garantir que os demais não desistam no meio do caminho.
“A proposta é agregar jovens e adultos em um mesmo espaço. Trazer esses adultos para sala de aula junto com os jovens, que na maioria das vezes estão mais estimulados. Tudo, pensando em interferir de maneira positiva na vida desse aluno que, por algum motivo, acabou desistindo de estudar. De acordo com a demanda de alunos do EJA, vamos deslocá-los para escolas-pólo, que estarão próximas de onde eles estudam. Enfim, a prioridade é garantir que esse aluno retorne aos estudos, mas também continue no decorrer do ano”, finalizou a secretária.
Fonte:
http://www.acritica.net/index.php?conteudo=Noticias&id=24825