Sem salário, professores do Projovem
suspendem aulas e dispensam alunos
Antes do início das aulas, empresa responsável recebeu mais
de R$ 2 milhões
15/10/2010
Os 52 professores do Projovem em Marília, programa em parceria da administração municipal com o governo federal, suspenderam as aulas e dispensaram alunos na manhã de ontem por atraso nos salários, que deveriam ter sido pagos no dia 11 deste mês.
Clóvis Freire de Moura responsável pelo Instituto Labor & Vita, empresa que antes do início das aulas, em agosto, já recebeu R$ 2,092 milhões da prefeitura para prestar o serviço, diz que o pagamento dos funcionários deve ocorrer hoje.
Segundo ele, atraso ocorreu porque Ministério do Trabalho não teria liberado a verba em decorrência de um erro no cálculo das horas/aulas dos professores.
Os docentes ouvidos pelo Diário preferiram não se identificar, mas estudantes confirmam o cancelamento das aulas e ainda relatam outros atrasos, como o pagamento da bolsa auxílio de R$ 100 mensais aos 2.190 alunos do programa em Marília.
“Informaram que o cartão magnético para a liberação do auxílio está disponível no Banco do Brasil, entretanto como houv e a greve dos bancários ficamos sem os cartões”, fala a estudante Ana Carolina Barbosa, 21.
Ela e a colega Paula Alessandra, 19, confirmaram que após intervalo das aulas, na manhã de ontem, os professores não retornaram para as salas. “A gente foi informada de que não teríamos mais aulas hoje (ontem)”, disse Paula.
O Projovem, programa de capacitação profissional, é mantido com recursos diretos do Ministério do Trabalho. Além da formação, existe o compromisso do município em inserir no mercado de trabalho 30% dos alunos no final do curso, que tem duração de seis meses.
Fonte: