Secretarias
esperam alfabetizar 1,5 milhão de jovens e adultos
14.05.2013
Secretarias
estaduais e municipais de educação das cinco regiões do país estimam cadastrar
este ano 1,5 milhão de jovens e adultos em cursos de alfabetização. É isso que
25 estados, o Distrito Federal e 956 municípios informaram ao Ministério da
Educação, ao concluir nesta semana o processo de adesão ao programa Brasil
Alfabetizado. Apenas o estado de São Paulo não aderiu.
De
acordo com Mauro Silva, diretor de políticas de educação de jovens e adultos da
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), a maioria dos parceiros inscritos nesta edição é
das regiões Nordeste e Norte, onde os índices ainda são altos. Os passos
seguintes à adesão são a formação de turmas, o treinamento final dos
alfabetizadores e o início das aulas.
No
programa Brasil Alfabetizado, que neste ano completa dez anos, os cursos de
alfabetização têm duração de seis ou oito meses e devem ser ministrados em
localidades próximas das moradias dos estudantes e em horários compatíveis com
as demais atividades dos matriculados. Para que o aprendizado seja mais
efetivo, são obrigatórias, no mínimo, dez horas de aula semanais.
Mauro
Silva recomenda às secretarias de educação que tenham atenção especial na
seleção de alfabetizadores, que é um item considerado importante no sucesso da
alfabetização. As regras do programa preveem que a seleção seja por chamada
pública, com prioridade para professores das redes públicas com, no mínimo,
nível médio; estudantes de licenciaturas com experiência em alfabetização; educador
popular com formação de nível médio.
A
bolsa mensal para o alfabetizador com uma turma é de R$ 400,00; para atender
duas turmas, R$ 600,00; intérprete da língua brasileira de sinais, R$ 600,00;
alfabetizador de unidade prisional a bolsa é de R$ 500,00 para uma turma e de
R$ 750,00 para duas turmas. Para o coordenador de turma, a bolsa mensal é de R$
600,00 e a formação mínima exigida é nível superior, além de experiência em
educação de jovens e adultos.
Público
– O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado
em 2010, mostra que, da população com 15 anos ou mais, 13,9 milhões são
considerados analfabetos. Quando o IBGE mostra a estatística por sexo, os
homens aparecem com 9,9% do índice e as mulheres com 9,3%. Na divisão territorial,
o instituto aponta que a área rural é responsável por 23,18% da população
analfabeta do país; a área urbana, por 7,28%.
Na
divisão por faixa etária, os jovens também estão presentes nos índices: de 25 a
29 anos, eles são 4% e de 15 a 17 anos, 2,2%. Confira a tabela com todas as
faixas etárias.
Idade Porcentagem
60
anos ou mais 26,5%
50
a 59 anos 13,8%
40
a 49 anos 9,9%
30
a 39 anos 6,6%
25
a 29 anos
4,0%
18
a 24 anos
2,6%
15
a 17 anos
2,2%
Entre
as unidades da Federação, o IBGE registra os maiores índices de analfabetismo
na região Nordeste, onde se destacam Alagoas com 24,32%, Piauí (22,93%),
Paraíba (21,91%) e Maranhão (20,88%). Os menores índices estão no Distrito
Federal (3,47%), Santa Catarina (4,15%), Rio de Janeiro (4,30%) e São Paulo
(4,34%).
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