Giovana de Sousa Rodrigues. A alfabetização de jovens e adultos do MST, na perspectiva das variedades linguísticas. 01/04/2003

 1v. 224p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - EDUCAÇÃO

 Orientador(es): Maria das Graças Rodrigues Paulino

 Biblioteca Depositaria: Biblioteca da Faculdade de Educação da UFMG

 

Email do autor:

 giovanasousa@terra.com.br

 

Palavras - chave:

 trabalhadores rurais, movimentos sociais, alfabetização

 

Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÃO

 

Banca examinadora: 

 Marco Antônio Oliveira

 

Linha(s) de pesquisa:

 Espaços Educativos, produção e apropriação de conhecimentos  A linha tem por objeto a investigação de espaços educativos e da prod. e socialização de conhec., saberes e prát. pedag. Aspectos instit. e cult. dos espaços educativos. Formação e atuação docentes. Papel das linguagens e representações

 

Dependência administrativa

  Federal

 

Resumo tese/dissertação:

 Esta pesquisa tem como objetivo geral levantar e analisar os posicionamentos acerca das variedades lingüísticas, em materiais impressos e na prática docente da Alfabetização de Jovens e Adultos do MST, a partir da experiência do Acampamento 2 de julho, localizado no município de Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os dados foram coletados nos cadernos de Educação do MST nºs 3 e 4, em entrevistas com a alfabetizadora local e com integrantes dos coletivos Estadual e Nacional de Educação do MST e, ainda, na observação de campo. Constatou-se, pela análise, um tratamento diversificado das variedades lingüísticas. A identificação da variedade lingüística oficial como um código neutro, a ser transmitido e adquirido, sobretudo, para o acesso a conhecimento de natureza não lingüística evidenciou a falta de aprofundamento teórico a respeito de caráter sociocultural e histórico da língua, tanto nos documentos escritos quanto nas falas e práticas dos sujeitos. Por outro lado, a vinculação efetiva do processo de alfabetização aos princípios políticos e pedagógicos do MST mostrou-se capaz de produzir posturas e práticas docentes marcadas ´pela legitimação de variedades lingüísticas não oficializadas e pela multiplicidade de usos e funções da linguagem. Assim, para a superação desse quadro contraditório, aponta-se a necessidade de a língua ser tratada, tanto na formação de alfabetizadores quanto na prática alfabetizadora, não como um mero instrumento ou código a ser adquirido para o acesso a conhecimentos de natureza não lingüística, mas como objeto do conhecimento e de intervenção social.