ANDRÉIA DE LIMA RAPHAEL. O ALUNO-ADULTO: CONHECENDO O SUJEITO
PSICOSSOCIAL. 01/03/2003
1v. 2p. Mestrado. UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO/MARILIA - EDUCAÇÃO
Orientador(es): CRISTIANO AMARAL GARBOGGINI DI GIORGI
Biblioteca Depositaria: UNESP
Palavras - chave:
EUDCAÇÃO DE ADULTO
Banca examinadora:
LUIZ PERCIVAL LEME BRITO
Linha(s) de pesquisa:
ENSINO, APRENDIZAGEM ESCOLAR E DESENVOLVIMENTO HUMANO Análise das relações entre os fatores de ordem pessoal e as condições ambientais no processo de desenvolvimento humano. Determinantes do processo de aprendizagem na escola brasileira.
Agência(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação: UNESP
Dependência administrativa
Estadual
Resumo tese/dissertação:
A presente pesquisa objetivou a investigação acerca da trajetória de vida de jovens e adultos não escolarizados na infância. Especificamente procurou lançar olhares aos modos de constituição do sujeito psicossocial, bem como aos sentimentos envolvidos na trajetória de indivíduos que tiveram acesso á escola apenas na vida jovem ou adulta. A pesquisa foi realizada na cidade de Lins, onde a política municipal assumiu a educação de jovens e adultos no que se refere ao chamado primeiro segmento. Foram sujeitos desta investigação dez alunos do Curso de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), que foram submetidos a entrevistas semi-estruturadas. A análise destas entrevistas foi realizada basicamente sob os referenciais teóricos da Psicanálise e da Análise do Discurso. Além das entrevistas com os alunos-adultos, foram realizadas duas entrevistas com a equipe técnica, bem como consulta documental prioritariamente nos textos utilizados em sala de aula e nos momentos de estudo entre a coordenação e os professores, ordem de serviço, registros e entrevistas a jornais locais que se constituíram em elementos que deram suporte á uma contextualização mais ampla do curso pesquisado. No presente estudo foi possível entender que os jovens e adultos pesquisados apresentaram, através de suas trajetórias de vida, sentimentos como raiva, medo, culpa, insegurança e inadequação por não terem freqüentado a escola na infância e, ainda, desejo de aprender a ler e a escrever, e ter autonomia, para redigir cartas, providenciar carteira de motorista, para mudar de emprego e ascender socialmente, dentre outros, que acreditam poderem realizar através da freqüência à escola. Foi possível, ainda, detectar que a escola é considerada a instituição produtora e detentora dos conhecimentos que levam à leitura e à escrita, amplamente valorizadas pelos alunos-adultos. E importante ressaltar que compreendemos que uma educação de jovens e adultos interessada na qualidade de serviço oferecido deve levar em consideração a subjetividade de sua clientela, bem como suas condições cotidianas de vida.