Projovem faz
parceria para inserir alunos no mercado de trabalho
26 de Setembro de 2011
O Projovem Trabalhador - Juventude Cidadã de João Pessoa está
buscando parcerias com o objetivo de abrir postos de trabalho para os alunos
beneficiados pelo programa. Dos 6 mil jovens que estão
sendo atendidos em 19 cursos de qualificação profissional, pelo menos 30% devem
ser encaminhados ao mercado por meio de emprego com carteira assinada, estágio,
estímulo ao empreendedorismo ou formas alternativas de trabalho.
Na próxima quarta-feira (28), técnicos do programa vão participar de uma
reunião com empresários na Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa (CDL)
para apresentar o programa. Esse será o terceiro evento realizado com o
objetivo de firmar parcerias.
Parcerias - De acordo com o coordenador de inserção do Projovem
Trabalhador de João Pessoa, Elzário Pereira Júnior, o
grande diferencial do Juventude Cidadã em comparação aos demais programas
públicos que visam a capacitação é a inserção no
mercado de trabalho. "Pelo menos 30% desses jovens terão que ser inseridos
no mercado, seja como estagiários, trabalhadores com carteira assinada,
empreendedores ou como prestadores de serviço. O empresário que se dispõe a
entrar em parceria com o programa receberá uma mão de obra qualificada, pois os
alunos encaminhados serão aqueles que mais se destacaram ao longo do curso”,
explica.
Os empresários também podem entrar como parceiros antes das aulas acabarem,
oferecendo espaço para as ações pedagógicas. "As aulas do Projovem encerram em outubro. Até lá, as empresas podem
servir como continuidade das aulas, abrindo suas portas para esses estudantes,
com a vantagem de poder avaliar o desempenho deles sem ter ainda vínculo
empregatício”, explica.
Reuniões - Há um mês, a equipe do programa se reuniu com empresários do setor
da construção civil e, na última quinta-feira (22), o encontro aconteceu no
Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Paraíba (Sindipan), no Centro. Na ocasião, aproximadamente 30
empresários puderam conhecer o funcionamento do programa e a qualidade da
capacitação oferecida aos alunos do Projovem.
Representantes de duas instituições estiveram presentes: Alquimia e
Pró-Cidadania. Apesar de não haver arco ocupacional específico para o setor da
panificação, por causa da programação do Ministério do Trabalho, os cursos
existentes trabalham habilidades e ocupações que podem ser incluídas em
diversas modalidades de empresas.
A Alquimia, por exemplo, oferece o arco Alimentação, no qual os alunos recebem
noções de higienização, estoque, reposição e escolha de mercadoria, manipulação
de alimentos, valor nutricional dos alimentos, entre outras. Segundo a
assessora técnica Telma Virgínia da Silva Custódia, a instituição também buscou
desenvolver ao longo do curso receitas voltadas para o
mercado das padarias, como pães, bolos caseiros, biscoitos e sanduiches.
"Além disso, é necessário destacar que as instituições tiveram o cuidado
de selecionar para a equipe de instrutores apenas técnicos especializados naquelas
áreas. Em Alimentação, por exemplo, os professores são todos nutricionistas”,
explica.
Já a Pró-Cidadania oferece cursos como os de Serviços Domiciliares, Joalheria,
e Beleza e Estética que trabalham conhecimentos sobre atendimento ao público,
também úteis em funções ofertadas pelas panificadoras. "A aula não fica
apenas na teoria. Fazemos também visitas técnicas as lojas, supermercados e
hotéis. Com a turma de Beleza e Estética estamos realizando agora visitas aos
asilos para que eles possam aplicar o que estão aprendendo em sala de aula e,
ao mesmo tempo, levar serviços diferenciados aos idosos”, explica o assessor
técnico da instituição, Ricardo Melo.
Para os cursos do Projovem em João Pessoa, o
Instituto Pró-Cidadania está disponibilizando 10 salas de aula, dois auditórios
e laboratórios para os arcos de Beleza e Estética, Joalharia e Metalmecânica. "Há 16 anos em atuação, a instituição
já formou 60 mil educandos. E dentro do Projovem, temos uma taxa de inserção no mercado de 40% a
45%”, afirma Ricardo Melo.
Sindipan - De acordo com o presidente do Sindipan, Romualdo Farias de Araújo, o setor é carente de
mão de obra qualificada. "Em todo o Brasil, a estimativa é de um déficit
de 25 mil trabalhadores qualificados”, informou. De acordo com ele, ainda não
há dados sobre a situação na Paraíba. A estimativa é de que, no Estado, o setor
da panificação gere pelo menos 12 mil empregos diretos, "Existem na
Paraíba aproximadamente 1,2 mil padarias, com uma média estimada de 10
funcionários por estabelecimento. Isso sem contar as empresas informais”,
explica Romualdo Farias. No Brasil, são 63 mil padarias e entre 600 e 800 mil
empregados.
Para o presidente do Sindipan, o projeto Projovem Trabalhador renderá bons frutos em João Pessoa.
"O mercado é muito carente de pessoas preparadas e toda iniciativa nesse
sentido é bem vinda”, afirma. De acordo com ele, o próprio sindicato vem
buscando amenizar o problema da falta de mão de obra e deve lançar, até o final
do ano, uma escola técnica de panificação em parceria com o Senai. "Estamos na fase de licitação dos
equipamentos. Quando ela estiver funcionando, podemos, inclusive, oferecer o
espaço para as aulas do Projovem”, afirma.
O programa - O 'Juventude Cidadã' é um programa do Ministério do Trabalho e
Emprego e é realizado por meio de convênio com a Prefeitura de João Pessoa. Os
inscritos foram selecionados a partir dos critérios exigidos pelo Ministério,
como: morar em João Pessoa, ter renda familiar de até meio salário mínimo per
capita e idade entre 18 e 29 anos, além de estar cursando ou ter concluído o
Ensino Fundamental ou Médio. Não são aceitos alunos que já estejam cursando
universidade e que tenham trabalho com carteira assinada.
Informações sobre o programa o interessado deve procurar a sede da Secretaria
de Desenvolvimento Sustentável da Produção (Sedesp)
na rua Cardoso Vieira, n° 85, bairro do Varadouro. O horário de atendimento é das 8 às 16h. Outras
informações através do telefone: 3214-2812.
Secom-JP
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