Projovem encerra com mais de 2 mil participantes capacitados
21 de janeiro de 2012
Programa
iniciado em 2005, encerrou suas atividades na Capital
O
Programa Nacional de Inclusão de Jovens, conhecido como Projovem
Urbano, nesses seis anos de existência, mais do que oferecer meios para a
elevação da escolaridade a jovens em situação de exclusão, permitiu a eles
principalmente novas perspectivas de colocação no mercado de trabalho.
Programado
para ser executado em um ano, em caráter emergencial, o programa iniciado em
2005 avançou em seu propósito permanecendo até 2011, quando encerrou suas
atividades em Campo Grande com a marca positiva de mais de dois mil jovens
capacitados.
Cerca
de 50% dos jovens que iniciaram o Programa persistiram e conseguiram concluir o
ensino fundamental e avançar na qualificação profissional. De acordo com a
secretária municipal de Ações e Políticas Sociais e Cidadania (SAS), Nilva Santos - que foi coordenadora geral do Programa
durante sua execução – os jovens enxergaram o programa como oportunidade de ter
uma nova vida, de buscarem mudanças positivas. “Consideramos que grande
percentual de jovens superou os desafios e foi até o fim”, disse a secretária
referindo-se ao resultado final do Projovem.
Além
de oferecer a oportunidade de elevação da escolaridade, o Projovem
foi a alavanca que impulsionou milhares de jovens a
avançar em sua rede de relacionamentos profissionais e sociais, a ter novos
conhecimentos para enfrentarem o mercado de trabalho e oportunidade para
crescerem social e economicamente. “O perfil de participantes foi
predominantemente feminino, com baixa renda familiar e fora do mercado de
trabalho”, recordou Nilva.
O
Programa concedia R$ 100,00 de apoio financeiro ao jovem e toda uma estrutura
de atendimento estruturada para abrigá-lo, com o apoio de escolas, dos centros
de referência de assistência social. Com tudo isso, Campo Grande passou a ser
referência nacional pelo trabalho desenvolvido. “O grande diferencial do nosso
trabalho que garantiu sucesso foi a permanência da
equipe de coordenação, o planejamento, a metodologia de ensino e a equipe de
educadores continuamente capacitada”, afirmou a coordenadora geral
Evolução nos estudos e
autoestima
De
jovens em estado de vulnerabilidade, os alunos do Projovem
passaram a empreendedores e trabalhadores formais em empresas ou autônomos que
passaram a caminhar sozinhos com segurança e a autoestima elevada. A
coordenadora executiva do Programa, Marlene Gonçalves Tito acompanhou a
evolução de muitos jovens, e lembra os resultados da ascensão da escolaridade.
“Jovens que não tinham o 3º ou 4º ano do ensino fundamental completo, por
exemplo, avançaram nos estudos, chegaram a concluir o ensino médio e iniciaram
um curso superior”, ressalta Marlene destacando a evolução dos participantes.
O
curso conseguiu atrair o público por ter uma metodologia diferenciada, com a
valorização da diversidade cultural, do modo de vida e expressão do jovem e da
prática da tolerância das diferenças, “O currículo sustentado em três pilares:
a formação básica para a elevação da escolaridade, a qualificação profissional
e a participação cidadã do jovem, envolveu o jovem em uma experiência que
valorizou suas potencialidades e o desafiou ao crescimento em vários níveis”,
disse Marlene.
A
coordenadora executiva do Projovem reforça que as
pesquisas foram fundamentais para atender uma demanda de mercado, originando
cursos que contribuíram para formar novos profissionais preparados para um novo
emprego ou para abrir um negócio próprio. Além de salão de beleza, o mercado
absorveu novos profissionais em construção civil e reparos em obras, em
montagem e fabricação de móveis, na área de saúde e informática e manutenção de
computadores.
Se
para os jovens, o Projovem promoveu profundas
mudanças na vida, para os educadores não foi diferente. Marlene Tito lembra que
os professores se envolveram com seriedade e competência e se prepararam para
desenvolver um estudo e ações diferenciados com ciclo de palestras, visitas
técnicas, atividades comunitárias e inclusão dos alunos em feiras de
empreendedorismo. “Acreditamos que cumprimos o nosso papel de
educadores, cientes de que a inclusão social é saber que a grande maioria dará
continuidade a seus estudos e já está tendo melhores condições de vida e de
emprego no mercado’, conclui Marlene.
Como
administrador da cidade, Nelson Trad Filho fez
questão de comparecer aos eventos de formatura do Projovem,
como forma de elogiar e incentivar a persistência dos participantes em avançar
nos estudos. Nelsinho Trad, em seus discursos aos
formandos, sempre destacou que educação é um dos maiores investimentos de suas
gestões.
(Com informações CG
Notícias)
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