Projovem deve qualificar dez mil jovens em 118 municípios baianos
12/04/2011
Para os candidatos ao primeiro emprego, Matemática e Redação ainda são os ‘calcanhares de Aquiles’ de muitos. Entretanto, não mete mais medo à estudante Lucimar Moura, 24 anos, que não desanimou na primeira negativa e procurou o SineBahia. Ela faz parte dos 990 jovens que aproveitam a oportunidade para participar, gratuitamente, da primeira etapa do Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem Trabalhador.
“Pretendo estar apta para um mercado de trabalho que exige muito. Participei de uma seleção para operador de telemarketing e acabei não passando, justamente pela falta de conhecimento nessas duas disciplinas. Preciso me especializar ainda mais. Por isso estou fazendo o curso para auxiliar administrativo”, disse Lucimar.
Coordenado pela Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), o projeto, que começou nesta terça-feira (12) em Salvador e Santo Antônio de Jesus, oferece cursos profissionalizantes de assistente de venda de autos, atendente de consultório médico e de farmácia, recepcionista de hotel e cozinheiro auxiliar. Em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), estão sendo investidos R$ 15 milhões no programa nacional de inclusão.
Segundo a coordenadora de Programas e Projetos Especiais da Setre, Rosane Porto, a meta é qualificar dez mil jovens em 118 municípios baianos. “Iniciamos a primeira etapa em dois municípios e até maio vamos abarcar os outros territórios”.
Durante seis meses (350 horas), os estudantes que tiverem 75% de frequência a cada mês receberão uma bolsa-auxílio de R$ 100. Com idade entre 18 e 29 anos, de famílias com renda até um salário mínimo, eles estão participando de uma ação voltada para a capacitação social e profissional.
As aulas serão executadas, em Salvador, pela Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem) e pela Fundação de Administração e Pesquisa Econômica e Social (Fapes). Em Santo Antônio de Jesus, a responsabilidade pela execução do programa de qualificação é da Rede de Desenvolvimento Social (Redes).
“A formação se dá por meio de duas etapas. A primeira tem como objetivo dar ao jovem as competências gerais para o mundo do trabalho, enquanto cidadão, resignificando seu olhar sobre ele mesmo, família, escola e comunidade. No segundo momento, o trabalho é direcionado à qualificação profissional”, afirmou a coordenadora do Núcleo de Soluções em Gestão Pública da Flem, Viviane Quênia.
Cursos mais procurados
Segundo o supervisor do Centro Social Urbano de Castelo Branco, Haroldo Barbosa, os cursos de auxiliar de escritório e telemakerting são os mais procurados. “Em Castelo Branco, recebemos na primeira etapa mais de 400 fichas de inscrição. Muitos desses jovens serão inseridos no mercado de trabalho futuramente”.
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