Projetos
de institutos federais vão da tecnologia à música
31 de maio de 2012
No
centro de convenções de Florianópolis, o professor Arlindo Ricarte
toca seu papirofone (foto: Danilo Almeida)Florianópolis – As mais de 10 mil pessoas que já circularam
pelo centro de convenções onde acontece o 2° Fórum Mundial de Educação
Profissional e Tecnológica encontraram música, tecnologia, cultura e educação
nos estandes das instituições participantes do evento. São expostos desde
trabalhos culturais e artesanato até projetos de tecnologia desenvolvidos pelos
estudantes e professores.
O
Instituto Federal Baiano optou por apresentar ao público pesquisas desenvolvidas nas áreas de combustíveis e agroindústria. Os
resíduos do refeitório da instituição, como gorduras, por exemplo, são
aproveitados desde 2010 para produzir biodiesel. Parte do biodiesel é misturado com o diesel comum e utilizado em tratores.
O
instituto também desenvolve barra de cereal a partir da casca de maracujá.
“Como temos uma característica fortemente agrícola, trabalhamos muito com a
parte de agropecuária e de reaproveitamento de alimentos”, explica o professor
de química e coordenador de inovação tecnológica da instituição, Denilson Santana.
Quando
se fala de musicalidade, um dos destaques da mostra de inovação tecnológica é o
papirofone, instrumento musical desenvolvido pelo
engenheiro elétrico Arlindo Ricarte, que também é
professor do campus Cidade Alta do Instituto Federal do Rio Grande do Norte.
Cada vez que o professor começa a tocar o instrumento de tubos metálicos
cobertos por uma espécie de tecido o público para diante do estande. Os pedidos
dos visitantes que querem tocar também são frequentes.
A
instituição oferta 15 vagas semestrais no curso de lutherie,
ou luteria, ofício de construir instrumentos
musicais. Arlindo afirma que a proposta do curso é produzir instrumentos de
cunho pedagógico para o ensino de música e também com caráter profissional.
“Produzimos desde instrumentos bem pequenos, com proposta mais artesanal, até
outros de caráter mais profissional, para atender os alunos das escolas de
música, já que os preços de mercado são muito caros”, conta.
Danilo Almeida
Palavras-chave:
educação profissional, institutos federais, Fórum Mundial de Educação
Profissional e Tecnológica
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