Programa
Projovem Urbano muda rotina de 200 pessoas em Corumbá
04 de Julho de 2012
Em
Corumbá, 200 pessoas com idade entre 18 e 29 anos, trocaram o lazer pelos
bancos escolares no período das 18h30 às 22 horas, de segunda a sexta-feira.
Durante os próximos 18 meses, eles participam do Projovem Urbano, programa do
Governo Federal desenvolvido na cidade pela Prefeitura Municipal, que visa
qualificar esta clientela para o mercado de trabalho, além de uma oportunidade
para conclusão do Ensino Básico.
Na
noite de terça-feira (03) o grupo teve um encontro com o secretário de Educação
da Prefeitura, professor Hélio de Lima. A visita à Escola Municipal Ângela
Maria Perez foi uma forma de conhecer as condições em que os alunos estão
participando do programa, bem como sanar algumas dúvidas sobre o curso iniciado
no dia 18 de junho, com uma aula inaugural no Centro de Convenções do Pantanal
Miguel Gómez.
Hélio
estava acompanhado do gerente administrativo da pasta, Elvécio
Zequetto, bem como do gerente de Ações para a Juventude,
Márcio Cavasana. Junto com a diretora da escola,
Adelaide de Lima Cáceres; das coordenadoras Mirani
Franco dos Reis (geral) e Jéssica Cedron de Souza, o
secretário visitou todas as cinco salas que estão recebendo os alunos no
período noturno; a cozinha, onde é preparada a refeição servida todos os dias,
bem como a sala de acolhimento, onde uma equipe cuida dos
filhos enquanto os pais estão estudando.
O
secretário se reuniu com o primeiro grupo no laboratório de informática.
Conversou por mais de 15 minutos com os alunos, buscou saber como todos estão
se saindo no curso, quais os problemas enfrentados, além de questões ligadas ao
transporte, material didático e até mesmo uniforme (camiseta).
Explicou
que o material didático deve ser entregue nos próximos dias (já está sendo
encaminhado pelo Governo Federal). Com relação a transporte coletivo, os alunos
poderão, a partir do segundo semestre, fazer adesão ao passe estudante. Além
disso, informou que a Prefeitura estuda a distribuição de mais uma camiseta
para cada participante, observando que o item não consta no programa.
Hélio
aproveitou o encontro e fez um pedido para todos “participarem ativamente das
aulas, concluírem o curso. Devem aproveitar este período de 18 meses, obter o
certificado e entrar no mercado de trabalho”.
As
capacitações são para temas educacionais como contador de histórias, inspetor
de alunos e auxiliar de administração escolar. Hélio de Lima explicou que há
inclusive uma lista de espera. “Se acontecer desistência, outro jovem para
ocupar a vaga. Tem lista de espera e todos devem estar atentos para evitar
ficar fora do programa”, afirmou o secretário, destacando que o projovem Urbano é uma oportunidade para estas pessoas
concluírem o ensino fundamental.
Disse
ainda que a Prefeitura estuda implantação de novas turmas na cidade, inclusive
no nível médio. Destacou que o arco ocupacional e que todos participarão de
aulas de informática, “importante para o mercado de trabalho”, disse, lembrando
que a ideia é trazer novos cursos na área da construção civil e da saúde.
O
grupo está tendo aulas de segunda a sexta-feira. Entre
os participantes há mães, pais. Caso não tenham com quem deixar os filhos, as
crianças os acompanham e são atendidas por duas pessoas na sala de acolhimento,
que já chegou a atender 48 crianças. O curso tem duração de 18 meses e, no
período, os alunos do Projovem Urbano receberão um auxilio financeiro no valor
de R$ 100 mensais.
Futuro
O
curso ainda está em seu primeiro mês, mas muitos já estão pensando como será o
futuro, após a conclusão do programa. É o caso de Franciele
Silva Santana, 19 anos. A orientação do secretario foi “estudar bastante que,
com certeza, terão maiores oportunidades de entrar no mercado de trabalho”.
Entre
os participantes estão cinco alunos portadores de deficiência auditiva. Todos
frequentam uma mesma sala e têm apoio de uma professora de libras, Laura Helena
Segóvia Araújo, do Centro de Qualificação para o
Trabalho Dom Bosco.
Luane
Vanessa Silva, 20 anos, é uma das alunas com deficiência. Cita que está
enfrentando dificuldades, principalmente por residir no bairro da Alta
Floresta, em Ladário, distante da Escola Ângela Maria
Perez, e que gosta de “estar na sala de aula, aprendendo”, para aplicar os
novos conhecimentos em seu futuro local de trabalho, quando concluir o curso.
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