Programa oferece a mulheres desfavorecidas o acesso à educação de qualidade

21/11/2008 13:51:00

 

Será lançado na segunda-feira, dia 24, em Brasília, o programa Mulheres Mil, a ser implementado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), em parceria com o governo do Canadá. A iniciativa pretende beneficiar mil mulheres das regiões Norte e Nordeste. Elas passarão por capacitação ministrada pelos centros federais de educação profissional e tecnológica (Cefets).

A partir de 2011, o programa deve ser estendido a todas as instituições da rede federal de educação profissional e tecnológica. Para isso, durante oficina sobre o sistema de acesso e permanência, que começa também na segunda-feira e vai até sexta, 28, serão formulados projetos de regularização de matrícula e de permanência das mulheres nas instituições de ensino e de oferta constante de capacitação. A oficina, em Brasília, terá a participação de representantes da Setec, de universidades canadenses e dos Cefets.

A prioridade inicial para o Norte e o Nordeste deve-se ao fato de essas regiões apresentarem as maiores desigualdades sociais e de gênero. Dados apontam a importância de se implantar políticas públicas de educação e trabalho nas duas regiões, que apresentam os maiores índices de analfabetismo e o maior número de mulheres chefes de família.

Apesar de a média nacional de alfabetização ter chegado, em 2006, a 90,4%, apenas 81,1% dos nordestinos são alfabetizados, segundo dados de 2006 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Em segundo lugar vem o Norte. Na região, 10,3% das pessoas com mais de dez anos não sabem ler nem escrever. Entre os maiores de 25 anos, as taxas de analfabetismo são ainda mais altas: chegam a 26,8% no Nordeste e a 15% no Norte. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as duas regiões têm os maiores índices de mulheres sem alfabetização e que são chefes de famílias.

Para a implantação dos projetos, foi formada em cada estado uma equipe multidisciplinar, integrada por professores dos Cefets, e escolhida uma comunidade carente. Além de promover a profissionalização, as instituições vão estimular a organização de cooperativas de produção e acompanhar a inserção das alunas no mudo do trabalho.

 

 

Assessoria de Imprensa da Setec

 

Fonte:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=11666