Programa do Livro Didático do Ensino Médio vai gerar 100 mil empregos

31/10/2003 19:43

 

“Unir a economia e a educação é dar o salto que precisamos”, disse hoje, 31, o ministro da Educação Cristovam Buarque, ao lançar o Programa do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM).

 

Cristovam destacou a importância do programa, lembrando que seu impacto será sentido muito além da educação: “Ele vai criar 100 mil empregos nas gráficas que vão produzir os livros, nas indústrias de papel e de tinta, estimular os autores de diferentes áreas do conhecimento, movimentar os setores de transporte de barco, caminhão, avião em todas as regiões”. Na educação, vai oferecer aos jovens material de leitura e estudo, o que pode reduzir a violência e gerar um impacto social positivo, além de elevar os índices de aproveitamento escolar.

 

Para o ministro, cada vez mais educadores e os governos devem se convencer que a educação é maior do que a escola. Ela abrange também a família e a mídia. E uma das mídias é o livro.

 

Para garantir a execução do PNLEM, o ministro lembrou que todo o governo está comprometido com essa tarefa. “Os recursos estão assegurados no orçamento de 2004 e no Plano Plurianual (PPA-2004-2007).”

 

Ensino noturno - O secretário de Educação Média e Tecnológica, Antonio Ibañez, lembrou que o Censo Escolar realizado pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) revela que 81% dos 8,7 milhões de alunos matriculados no ensino médio estudam em escolas públicas. Deles, 60% estão em classes noturnas. A meta do programa, explicou o secretário, é atender, primeiro, os estudantes das turmas da noite. Isso porque são eles que não têm condições de comprar livros e estudam com base nas anotações feitas em sala de aula e cópias de apostilas. Ibañez avalia que, para esses alunos, o programa do livro deverá ter um impacto imediato na qualidade dos estudos individuais e coletivos.

 

 

Repórter: Ionice Lorenzoni

 

 FONTE: http://www.mec.gov.br/acs/asp/noticias/noticiasDiaImp.asp?id=4551