Programa Brasil Alfabetizado resgata a cidadania de
220 alunos de Guarujá
O evento aconteceu no Caec Isabel Ortega, no Santa Rosa
20/03/2015
Não saber ler,
escrever ou fazer contas já não faz mais parte da rotina de 220 pessoas em
Guarujá. Graças ao Programa Brasil Alfabetizado, que formou sua última turma na
noite da última quinta-feira (19), essas pessoas tiveram suas vidas
transformadas de fato, e hoje, já não encontram mais barreiras.
Com o objetivo
de resgatar a cidadania, o Programa em Guarujá formou 220 novos alunos. O
evento aconteceu no Centro de Atividades Educacionais e Comunitárias (Caec) Isabel Ortega, no Santa Rosa.
A iniciativa é do Ministério da Educação (MEC) e coordenada em Guarujá pela
Secretaria de Educação.
A responsável
pela pasta, Priscilla Bonini,
parabenizou formandos, alfabetizadores e todos aqueles que fazem parte do
Projeto. “Obrigada por confiarem em nós e meus parabéns por entrarem no mundo
das letras. Aceitem o desafio e continuem a estudar, indo pra Educação de
Jovens e Adultos (EJA). É assim que se faz educação e que transformamos o
mundo”, frisou ela que representou, no ato, a prefeita da Cidade, Maria
Antonieta de Brito.
Com duração de
oito meses, o curso com esta turma teve início em junho do ano passado. Os
alunos freqüentaram o Programa em diversas escolas
municipais e estaduais, Caecs, igrejas ou
associações. Nesta última turma, foi adotado um modelo diferente, de forma a
incentivar os estudantes a não deixarem o Brasil Alfabetizado, intitulado
“Brasil Alfabetizado em Movimento”, em que os participantes realizaram passeios
a museus, exposições, etc.
Segundo explica
a gestora do Programa na Seduc, Régia de Paula da
Glória, é uma grande satisfação estar à frente do Brasil Alfabetizado. “Aprendemos
muito, todos os dias. Vemos o brilho nos olhos dos nossos alunos. É uma oportunidade de abrimos os horizontes, e quero dizer
que isso não termina aqui”.
Representando os
formandos da noite, a aluna Genozila Rosa de
Oliveira, deixou uma mensagem aos presentes. “Não desistam. Quando eu era mais
jovem, não tive as oportunidades, por isso, quero que essa porta nunca mais se
feche, pois nunca é tarde para aprender.”
Para o pintor
Edson Firmino da Silva, 42 anos, o Brasil Alfabetizado foi uma oportunidade bem
legal em sua vida. “Não sabia ler nem escrever, muito menos fazer uma operação
matemática”, revela.
Uma das
alfabetizadoras do Programa, Márcia Andrea do Nascimento, fala como é
gratificante participar. “Estou há dois anos no Brasil
Alfabetizado e para mim é muito gratificante fazer parte dele. A grande
maioria dos alunos é de idosos, e outros são muito carentes.