Programa Brasil Alfabetizado forma 80 alunos em Tocantinópolis
14/02/2015
O programa atendeu em Tocantinópolis
12 turmas nas aldeias, uma na vila de pescadores, sete turmas em assentamentos,
nove nos povoados, duas nas unidades prisionais e 29 na zona urbana. Foram oito
meses de aulas e carga horária de 320 horas.
Um dos
formandos, Afonso dos Santos Miranda, 66 anos, que
nasceu no Piauí e está no Tocantins há 5 anos, somente agora teve a oportunidade
de voltar a estudar. “Estava passando por muitas dificuldades, como usar um
caixa eletrônico, porque tudo mudou e depois que surgiu o computador senti a
necessidade de estudar”, disse.
A professora
Maria da Consolação Nunes Costa Maciel (professora Consola), ministrou o curso
de alfabetização para 18 alunos no CRAS (Centro de Referência e Assistência
Social). Para ela, a maior felicidade é presenciar alguém aprendendo a ler.
“Gosto muito de alfabetizar, me emociono com as histórias dos alunos e com os
seus avanços”, frisou.
Outra aluna
alfabetizada foi Maria das Graças dos Santos, 64 anos, que enfrentou uma
depressão depois da morte do esposo. “Eu tomava remédio controlado, a escola me
ajudou muito na convivência, a ser mais feliz e gostar da vida. Eu tinha
estudado no Mobral, mas aprendi pouco, agora estou lendo melhor e ocupo o tempo
com a Bíblia”, explicou Maria das Graças.
Divino Mariozan, superintendente de Desenvolvimento da Educação,
que participou da solenidade, enfatizou a importância de mais pessoas serem
alfabetizadas. “Essas pessoas têm a experiência de vida, agora com a leitura
serão seres humanos mais realizados, mas é bom lembrar que sempre temos que
buscar o conhecimento em todas as fases da vida”.
Luciana Gomes,
diretora das Escolas de Tempo Integral, falou da emoção das pessoas que depois
de adultos, em alguns casos, de aposentados, conseguiram ler e escrever. “É um momento de satisfação, por ver a força de vontade dos alunos
em freqüentar a escola mesmo com as dificuldades de
cada um, afirmou Luciana.