Professores do Projovem Urbano passam natal sem salários

17h41, 22 de dezembro de 2009

Vanessa Alencar e Cláudia Galvão

 

 

Projovem UrbanoO Projovem Urbano, programa de inclusão do Governo Federal, implantado em parceria com o Governo do Estado, está sendo alvo de denúncias em Alagoas. Professores e merendeiras contratados pelo programa, que tem entre seus objetivos oferecer qualificação profissional e ensino fundamental, procuraram o Alagoas24horas para denunciar que estão há três meses sem receber salários.

Eles alegam que o atraso não tem justificativa, uma vez que o Governo Federal tem repassado os recursos para o programa, na ordem de R$ 10 milhões, todos os meses, e afirmam que, por falta de condições de locomoção, muitos professores estão parados. “Sequer temos condições de pegar um transporte para ir trabalhar”, contou um professor que preferiu não ser identificado.

Ainda de acordo com a denúncia, a situação dos professores e alunos fez com que a Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, coordenadora do Projovem Urbano, decretasse um recesso – que não era previsto no contrato – até o dia 4 de janeiro de 2010.

 

 

Folha pronta

 

Procurada pela reportagem, a assessoria da Secretaria da Mulher confirmou que os funcionários estão há três meses sem receber salários e explicou que isso aconteceu devido a uma mudança na forma de contratação.

“Inicialmente os funcionários foram contratados como serviços prestados por um prazo de 90 dias e, após a expiração deste prazo, uma empresa foi contratada para regularizar a situação e assinar as carteiras profissionais, o que demandou tempo”, afirmou o assessor da secretária Wedna Miranda.

Ele também informou que a folha de pessoal já foi elaborada e até a próxima segunda-feira, 28, os salários referentes aos meses de outubro, novembro e o 13º serão depositados, ficando na pendência apenas o salário de dezembro.

Com relação à denúncia de que funcionários não estariam comparecendo ao trabalho por falta de condições financeiras para a locomoção, a assessoria não entrou em detalhes, mas foi taxativa: “O programa está a pleno vapor”.

 

 

O Programa

 

Dividido nas categorias Urbano; Trabalhador; Campo e Adolescente, o Projovem oferece, desde o começo do ano, 13.600 vagas, distribuídas em mais de 40 cidades alagoanas.

O Projovem Urbano atende cerca de 3.500 jovens nos municípios de Coruripe, Delmiro Gouveia, Matriz do Camaragibe, Palmeira dos Índios, Pilar, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos, Teotônio Vilela e Viçosa. Em Maceió e Arapiraca, municípios com mais de 200 mil habitantes, o programa é coordenado pelas prefeituras.

 

 

Fonte:

http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/index.asp?vEditoria=&vCod=77563