Proeja oferece educação básica e cursos técnicos a jovens e adultos

23/07/2011

 

Programa prepara alunos afastados da escola para o mercado de trabalho

 

Nunca é tarde para se aprender. Nesta edição do Globo Edução, você conheceu histórias de pessoas que voltaram à escola depois de muito tempo sem estudar, buscando uma qualificação. Os projetos de Educação de Jovens e Adultos vêm para suprir esta necessidade de formação para os que estão longe dos bancos escolares. Para os que querem se formar no Ensino Médio e ainda ter a oportunidade de frequentar um curso técnico, o Governo Federal criou o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, o Proeja, instituído através do decreto nº 5478, de 24 de junho de 2005.

Ele foi criado com o objetivo de integrar a educação profissional à educação básica e, assim, unir em uma só educação a produção manual e a produção intelectual. “O governo tem uma dívida com 60 milhões de brasileiros que não têm nem o Ensino Fundamental. O Proeja veio para isso, elevar o nível e a graduação no Brasil”, explica Simone Valdete, diretora de Políticas da Educação Profissional Técnica.

A diferença entre o Proeja e um curso técnico comum está apenas no público-alvo. “Para um aluno de um Cefet, por exemplo, o curso serve como um plano B. Para um estudante do Proeja, a qualificação vem como uma aposta alta de uma vida em situação de emergência”, revela Valdete. Os alunos de um Proeja fazem a mesma carga horária de aulas de um aluno de curso técnico, conforme decreta o Ministério da Educação.

Qualquer pessoa interessada em fazer um curso técnico ou profissionalizante aliado ao ensino fundamental ou médio pode procurar um Instituto Federal na cidade em que reside. “Todos os estados têm escolas com Proeja”, conta Valdete. Atualmente, são 52.943 pessoas matriculadas nos cursos, de âmbito federal, oferecidos em 402 polos espalhados pelo Brasil. Neste total não estão computados os alunos advindos de escolas de Proeja em parceria com municípios e estados.

A seleção de alunos tenta ser a mais justa possível, uma vez que a maioria dos que buscam um curso desse tipo são pessoas que pararam de estudar, com pouca escolaridade. “O processo seletivo costuma ser sorteio. Em alguns casos, só entrevista”, afirma a diretora de Políticas da Educação Técnica. Por isto, alguns se aproveitam da oportunidade: uma pessoa que já se formou no Ensino Médio omite esta informação e ingressa no curso apenas para ter um diploma técnico. Simone Valdete diz que não há como fiscalizar, mas que há políticas para evitar estes casos: “Sempre procuramos fazer palestras que expliquem melhor os cursos para evitar este problema.”

 

Diretora geral do campus Florianópolis Continental do Instituto Federal de Santa Catarina, Daniela de Carvalho Carrilas explica que as aulas das disciplinas do Ensino Médio são elaboradas em parceria com professores do estado. O objetivo é aproximar as matérias básicas do que eles vão trabalhar. “Em aulas do curso profissionalizante de auxiliar de cozinha, por exemplo, o aluno aprende química mais voltada para a gastronomia”, esclarece.

 

Fonte:

http://redeglobo.globo.com/globoeducacao/noticia/2011/07/proeja-oferece-educacao-basica-e-cursos-tecnicos-jovens-e-adultos.html