Proeja oferece duas opções de curso para jovens sem ensino médio

20/03/2006 18h30

 

O Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) tem como público potencial os brasileiros com 18 anos ou mais que não cursaram o ensino médio. Dados do censo demográfico coletados em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, naquele ano, 65,9 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não tinham oito anos de escolarização. Hoje, estima o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco, cerca de 62 milhões não têm o ensino médio. É para eles que o Ministério da Educação criou o Proeja.

 

O programa vai atender de duas formas estes jovens e adultos: para aqueles que têm pressa de se profissionalizar, serão oferecidos cursos de formação inicial e continuada com carga horária máxima de 1.600 horas, das quais 1.200 para a formação geral. Para quem quer cursar a educação profissional técnica de nível médio, o MEC oferecerá cursos com carga horária máxima de 2.400 horas, sendo 1.200 para formação geral. Para a profissionalização técnica, a escola deve oferecer o número de horas estabelecido por lei para cada habilitação. O aluno que concluir o curso com aproveitamento mediante avaliação receberá da instituição certificado do ensino médio, que lhe possibilitará o ingresso na educação superior. Os cursos terão duração máxima de dois anos e meio.

 

Sintonia – Para a abertura de cursos, as escolas de educação técnica e profissional e as entidades parceiras do Ministério da Educação deverão considerar as vocações regionais e as demandas locais. O objetivo do governo com esta premissa estabelecida no Decreto nº 5.478/2005 é fortalecer as estratégias de desenvolvimento social e econômico do país. Por exemplo: se numa região a economia principal está focada na produção vinícola e esta demanda mão-de-obra qualificada para desenvolver a indústria de vinhos, espumantes, sucos, a oferta de cursos técnicos e profissionais deverá estar em sintonia com estes fatores.

 

Rede e parceria – Os cursos serão oferecidos em todo o país pela rede federal de educação profissional e por entidades, empresas ou instituições que firmarem acordos de parceria com o MEC. A rede de educação profissional é formada por 34 centros federais de educação tecnológica (Cefets), 43 unidades descentralizadas, 36 escolas agrotécnicas federais (EAFs), 30 escolas técnicas vinculadas às universidades federais. Fora da rede, o Sistema S, ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), firmou acordo de cooperação com o MEC para oferecer educação profissional através do Sebrae, Senac, Sesc, Senai, Sesi, Sest/Senat, Senar e Sescoop.

 

Repórter: Ionice Lorenzoni

 

FONTE

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=content&task=view&id=4484&FlagNoticias=1&Itemid=4627