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Presidente Lula regulamenta ações educativas para jovens e adultos que
vivem em assentamentos
05/11/2010
Em Santa Catarina são cerca de 25 mil pessoas em 140 assentamentos
A educação no campo ganhou um reforço. Um decreto assinado pelo presidente Lula regulamenta uma série de ações educativas feitas para jovens e adultos que vivem em assentamentos no Brasil.
Em Santa Catarina, são cerca 5,4 mil famílias assentadas em 50 municípios.
As ações previstas no decreto apontam a redução do analfabetismo, melhora da educação básica na modalidade jovens e adultos, garantia de fornecimento de energia elétrica, água potável e saneamento básico para as escolas, inclusão digital e formação de professores de escolas rurais.
O decreto também regulamenta o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Criado em 1998, o programa busca atender às necessidades educacionais no campo, como formação de professores para atuar nos assentamentos, e é feito com parcerias entre universidades e instituições de ensino públicas ou privadas federais, estaduais e municipais.
O superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Florianópolis, João Paulo Strapazzon, comemora a assinatura.
Para ele o maior ganho é a permanência dessas ações, mesmo que o Governo mude. No Estado são cerca de 25 mil pessoas em 140 assentamentos.
— Já temos trabalhos de educação sendo feitos em Santa Catarina e em todo Brasil. Agora ganhamos a garantia que eles vão continuar.
Em Santa Catarina, há uma parceria do Incra com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Nela, são oferecidos um curso de pós-graduação e dois de nível médio pelo Pronera e o curso de Licenciatura em Educação do Campo, criado em 2008.
A graduação está com duas turmas e preencheu as 50 vagas oferecidas em cada processo seletivo, que não é feito com o vestibular tradicional.
Membro do Instituto Educampo da UFSC, Edson Anhaia, explica que o curso é resultado de um uma luta que vem desde 1998.
— Ele foi criado para capacitar pessoas do campo, para atuarem no campo.
Para as duas primeiras turmas, a graduação recebeu recursos do Pronera. A partir do próximo ano, ele passa a ter verbas apenas da UFSC. Para Anhaia, a assinatura do decreto vai fortalecer o curso e deixá-lo em evidência.
No Brasil, 31 instituições públicas de ensino superior oferecem a Licenciatura em Educação no Campo. Segundo o IBGE, trabalham em escolas rurais 338 mil educadores. Destes, 138 mil têm nível superior.
DIÁRIO CATARINENSE
Fonte:
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2§ion=Geral&newsID=a3099949.htm