Prefeitos assinam termo de adesão ao ProJovem
Urbano
19/02/2009
Prefeitos, vice-prefeitos e secretários de Educação de 20 municípios do Pará assinaram na noite desta quinta-feira (19) o termo de adesão ao ProJovem Urbano, no Palácio dos Despachos. O projeto, coordenado pelos governos estadual e federal, tem o objetivo de inserir jovens de 18 a 29 anos na rede de ensino, e terá investimentos de R$ 25 milhões em programas de capacitação, com contrapartida de R$ 5 milhões do governo do Pará.
Em torno de 9 mil jovens paraenses, nessa primeira etapa do ProJovem, poderão concluir o ensino fundamental e ganhar formação profissional e cidadã, com direito a uma bolsa de R$ 100,00 para estudar durante 18 meses.
Para o chefe da Casa Civil da Governadoria, Cláudio Puty, esse projeto é muito importante por garantir o papel federativo do governo do Estado, regulando os projetos em parceria com os municípios. “No caso do ProJovem, estamos indo mais além, transferindo renda para as pessoas, para qualificação profissional e conclusão do ensino fundamental”, ressaltou.
Cláudio Puty afirmou que o projeto é mais um passo para “dar cara à política de juventude do governo do Estado, junto com o Bolsa Trabalho e outros programas sociais que virão. E temos feito um grande esforço à procura de recursos, inclusive para recuperar algumas oportunidades de captação de recursos que tinham se perdido, como é o caso do Programa ProJovem Trabalhador”.
Segundo ele, “as ações em relação à juventude formam parte do compromisso do Governo Popular de governar para os que têm mais necessidades”. Para isso, acrescentou, “é necessário mudar o padrão de desenvolvimento, investindo mais no interior, para que as condições de vida da população melhorem”. Puty afirmou ainda que “assistimos à falência do modelo de desenvolvimento predador, o que obriga à mudança, inovando na produção tecnológica e científica”. Para isso, informou, o governo investe na criação de distritos industriais, de parques tecnológicos e universidades nas regiões, de modo que seja possível gerar conhecimento no próprio território e relacioná-lo coerentemente com as demandas geográficas e sociais.
Parceria - O chefe da Casa Civil apontou que é necessário “criar redes e parcerias” com as prefeituras, permitindo a implementação de programas nas áreas de segurança, saúde, educação e demais serviços públicos. Mas isso precisa de um serviço público digno, com servidores preparados e trabalhando em condições. Precisa de instalações e povo qualificado”.
Ele anunciou a criação de escolas tecnológicas, “no padrão da antiga e bem sucedida escola técnica”, e o lançamento de mais um programa para reduzir em 50% o nível de analfabetismo no Estado, o Mova, um programa de educação para adultos coordenado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
O papel da prefeitura na iniciativa é dar apoio operacional, cedendo espaços para as aulas e fornecendo os certificados escolares. Os municípios também estão sendo incentivados a montar uma Casa da Juventude, para garantir um lugar de reunião e participação de atividades culturais.
“A prefeitura se compromete em apoiar o governo na execução do ProJovem Urbano. Inicialmente são 20 municípios. Pretendemos chegar a 50 ainda este ano e ampliar mais. Nossa meta é cobrir todo o Estado até 2010, aumentando gradativamente”, garante Puty.
Segundo ele, o programa é uma estratégia de inclusão social. “Estamos muito otimistas. A população sente imediatamente os benefícios, o dinheiro no bolso e a possibilidade real de inclusão”, finalizou.
O ProJovem é mais uma ação destinada à implantação de programas sociais, com transferência direta de renda dos governos federal e estadual, que “fogem do assistencialismo e do clientelismo”, afirmou Puty. Essas políticas ainda podem ter um “caráter anticíclico”, segundo ele, e criar mais proteção em relação à crise econômica mundial, ajudando a geração de emprego e renda e a melhoria das condições de vida do povo.
Formação - Os estudantes, após o término do curso, poderão se formar em setores como movelaria, agroextrativismo e construções. O vice-prefeito de Tailândia, Edson Azevedo, disse que o projeto é um incentivo para tirar o jovem do trabalho extrativista e levá-lo para a sala de aula. “Temos chances de atingir entre 800 a 1.200 jovens”, disse.
Azevedo lembrou que há um ano a operação Arco de Fogo - de combate à extração e ao comércio ilegal de madeira - deixou uma parcela da população sem atividade. “Mas agora esses jovens terão um horizonte diferente, vão buscar outro caminho. Vão sair do extrativismo e voltar para a agricultura familiar. Temos chance de fazer uma fábrica de suco. Hoje o município já tem um laticínio. Queremos fazer iogurte para complementar a merenda escolar e já temos fábrica de blokrete. Em todas essas áreas temos como alojar esses jovens que vão participar do projeto”, assegurou.
O vice-prefeito reafirmou que o município precisa da colaboração dos governos estadual e federal para melhorar a qualidade de vida dos jovens de Tailândia. “Os governos passados pregavam o extrativismo e diziam o ‘Pará, terra para quem não tem terra’ e nós um dia fomos dormir com essa idéia passada antigamente e acordamos com outra idéia. Então, precisamos de apoio”, reafirmou.
O prefeito de Moju, Iran Lima, ressaltou a oportunidade para o município de levar o jovem para continuar a educação e prepará-lo para o mercado de trabalho. “Os nossos municípios vão ganhar em qualidade de ensino e vida para nossa população. O Estado está proporcionando essa possibilidade de tirarmos as pessoas das áreas de risco. Em todos os municípios temos essa situação, mas com mais ações desse tipo nós vamos sair dessa condição”, afirmou.
A coordenação pedagógica do ProJovem começou a fazer os testes de proficiência para os matriculados que não apresentaram histórico escolar. Para continuarem inscritos, esses jovens devem saber ler e escrever, daí a necessidade do teste.
Na última terça-feira (17) foi realizada a prova para 50 matriculados no município de Castanhal. Em Tailândia, o teste será feito para 200 matriculados. A coordenação executiva do ProJovem Urbano tem se surpreendido com a vontade dos jovens paraenses. Em Castanhal, uma senhora que nunca havia estudado, mas sabia ler e escrever, fez o teste e foi aprovada para o curso.
Texto: Secom
Fonte:
http://www.pa.gov.br/noticias/materia.asp?id_ver=40196