Pescadores têm acesso a curso de formação
profissional na Paraíba
Curso é destinado a adultos com idade entre 18 e 60 anos, pouca escolarização
ou analfabetos
05/12/2014
Um grupo de 37
pescadores do município Baía da Traição, no litoral norte da Paraíba, deixou
esta semana a informalidade ao receber os certificados de pescador profissional
do IFPB (Instituto Federal da Paraíba). Os pescadores, na faixa de 18 a 60
anos, fizeram um curso de formação inicial e continuada, de 120 horas, tipo de
qualificação para jovens e adultos com pouca escolarização ou analfabetos.
Eles tiveram
aulas sobre navegação, instrumentos de navegação, mergulho com equipamentos,
prática de primeiros socorros e foram acompanhados no mar por professores do
instituto e técnicos da Capitania dos Portos.
“Nosso trabalho
de formação feito em parceria com a Marinha profissionaliza, reconhece e valoriza
os saberes populares”, diz a diretora do campus Cabedelo
Centro, Keitiana Souza.
Além desse
curso, o campus Cabedelo Centro, a Marinha e a
Prefeitura da Baia da Traição formalizaram a continuidade da formação de
pescadores do município. A segunda turma de formação inicial e continuada
começa em 23 de fevereiro de 2015 para pescadores sem carteira; e será aberta
uma turma de educação profissional para jovens e adultos, que combina ensino
fundamental com educação profissional.
Para o prefeito
da Baia da Traição, Manuel Messias, a chegada da educação profissional é
importante para o setor pesqueiro, que é uma das principais atividades
econômicas do município, seguida pela agricultura e o turismo.
Messias estima
que 1,2 mil habitantes são pescadores, sendo 30% deles sem carteira
profissional.
— A certificação
feita pelo instituto reconhece o direito que tem o pescador de entrar no mar
sem medo de ter seu barco apreendido, de perder o dia de trabalho.
Formado em
pedagogia com especialização em educação de jovens e adultos, o prefeito está
otimista com a parceira. Ele vê possibilidade de ampliar a oferta de cursos
para tirar pescadores e outros jovens e adultos da informalidade.
— A educação
ajuda o cidadão a se relacionar melhor, a entender a funcionalidade da vida.
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