Josilene Domingues Santos Pereira. Os significados do "erro" no processo de aprendizagem da escrita numa classe de alfabetização de jovens e adultos. 01/04/2006

 1v. 157p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - LETRAS E LINGÜÍSTICA

 Orientador(es): América Lúcia Silva César

 Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central Reitor Macêdo Costa

 

Palavras - chave:

 Alfabetização de Jovens e adultos; Letramento; Escrita; Erro

 

Área(s) do conhecimento: LINGÜÍSTICA APLICADA

 

Banca examinadora: 

 Therezinha de Jesus Machado Maher

 

Linha(s) de pesquisa:

 Aquisição e Ensino do Português  Estudo e análise dos fatos e processos lingüísticos, com base em diferentes abordagens, relacionados quer à aquisição ou ao ensino da língua materna, quer ao ensino-aprendizagem de português língua estrangeira.

 

Dependência administrativa

  Federal

 

Resumo tese/dissertação:

 Este trabalho, fruto de pesquisa de cunho etnográfico e colaborativo, na área da Lingüística Aplicada, descreve os significados que o “erro” assume, no processo de aprendizagem da escrita, para a alfabetizadora e para os alfabetizandos jovens e adultos do programa de alfabetização REAJA da Secretária de Educação do município de Vitória da Conquista –BA. O estudo realizado utilizou notas de campo, diário da alfabetizadora, entrevistas, gravações de aulas, observações participantes como instrumentos de pesquisa, durante o período de três meses, entre os anos de 2004 e 2005. Na análise desses instrumentos, foi possível estabelecer, nas representações constituídas nessa comunidade escolar, algumas implicações entre o “erro” e a escrita, visto que há uma imagem de “escrita correta” nessa classe de alfabetização, pois a “a escrita só é escrita se for correta”. No cotejo desses dados, foi necessária a utilização de várias áreas de conhecimento, dentre elas, a pedagogia crítica (GIROUX; McLAREN, 2000; FREIRE, 2001, 2002a, 2002b, 2003), a antropologia (GEERTZ, 1989), a sociolingüística (ÁLEONG, 2001; REY, 2001; MATTOS E SILVA, 2001), estudos do letramento (STREET, 1984; BARTON, 1994; BARTON; IVANIC, 1991), que possibilitaram a escolha de duas categorias de análise, descritas no segundo capítulo, medo de errar e tratamento pedagógico. Tais categorias revelam que as concepções sobre o “erro”, nessa comunidade escolar, são fruto do imaginário social sobre uma “língua escrita correta”, corroborando para uma “tensão” entre práticas de letramento instituintes e instituídas (CASTORIADIS, 2000), que produz uma relação “conflituosa” entre a escrita e os agentes sociais, interferindo, pois, na aprendizagem da escrita.