Parceria
em Goiânia oferece capacitação em cursos noturnos
26/08/2013
Estudantes
a partir de 15 anos de idade, moradores de Goiânia e região metropolitana,
cursam o ensino fundamental e aprendem uma profissão graças a
parceria formalizada entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Goiás (IFG) e a prefeitura. Cursos como operador de computador,
auxiliar de cozinha, eletricista industrial e modelista
são ministrados no turno da noite em dez escolas da capital de Goiás.
Segundo
a coordenadora adjunta do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec) no câmpus de Goiânia do instituto,
Sigreice de Souza Almeida, jovens e adultos cursam o
ensino fundamental simultaneamente ao aprendizado profissional como alunos do
Programa Nacional de Integração da Educação Básica com a Educação Profissional
na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).
O
currículo integrado foi elaborado pela Secretaria de Educação municipal e o
instituto federal. A integração, de acordo com Jullyana
Borges de Freitas, do Pronatec, compreende desde o planejamento das aulas
teóricas e práticas até a avaliação dos estudantes. Uma aula de língua portuguesa, por exemplo, pode
ser dada durante o aprendizado de operação de computadores.
Os
cursos do Proeja preveem 1,4 mil horas de aula — 1,2 mil na educação de jovens
e adultos e 200 na formação inicial e continuada profissionalizante. A duração
é de 2,5 anos.
Na
parceria entre o IFG e a Secretaria de Educação de Goiânia, as aulas são
ministradas em dez escolas da rede. A parte profissional é ministrada nas
escolas por professores do instituto. O curso de auxiliar de cozinha, por
exemplo, é ministrado na Escola Municipal em Tempo Integral Jardim Novo Mundo,
no bairro do mesmo nome. A escola, citada por Jullyana
de Freitas como modelo no município, dispõe de cozinha com espaço para receber
os alunos, forno e bancada para todas as atividades necessárias ao aprendizado
profissional. Cada escola dispõe de equipamentos para determinado tipo de
curso. O de informática é ministrado no laboratório do Programa Nacional de
Tecnologia Educacional (Proinfo).
Procura
— Este ano, na abertura dos cursos, 1.029 estudantes fizeram a matrícula, a
maioria do sexo masculino. No fechamento do primeiro semestre, foram
registradas 391 desistências.
Como
a maioria trabalha durante o dia, entre as causas da evasão constatadas pelo
instituto estão o cansaço físico, especialmente entre
os alunos que trabalham na construção civil, e o período do início do pagamento
da bolsa mensal a que os alunos do Proeja têm direito — por dia de aula, o
estudante recebe R$ 5, mas o pagamento é feito no fim do mês. A bolsa é um
subsidio para pequenas despesas, como transporte.
Palavras-chave:
educação profissional, instituto federal, Proeja, Pronatec
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