Nova
regra triplicará 3ª leitura de textos do Enem
28/05/2012
As
novas - e mais rigorosas - regras de correção das redações do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) devem triplicar o número de textos que vão para o terceiro
corretor, na comparação com o que ocorreu em 2011. A estimativa é de técnicos
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep),
órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo exame, cujas inscrições
abrem nesta segunda-feira.
Na
última edição do Enem, 360 mil redações, cerca de 10% dos textos corrigidos,
foram para uma terceira avaliação por causa de discrepância de mais de 300
pontos entre as duas primeiras correções, conforme previa a regra antiga. É a
primeira vez que esse número é revelado.
Agora,
esse limite de diferença entre as duas correções iniciais caiu para 200 pontos.
A terceira leitura poderá ocorrer ainda em outra situação: se as notas de pelo
menos um dos cinco critérios de avaliação dos textos tiver discrepância maior
que 80 pontos entre as duas correções iniciais, mesmo que na nota geral a
diferença seja inferior a 200.
Pelo
novo modelo de correção, anunciado semana passada, haverá mais uma instância de
correção. Se mesmo com a terceira correção persistir a discrepância de
avaliação, a redação será novamente relida, dessa vez por uma banca presencial
de três membros.
Com
os novos critérios, mais de 1 milhão de redações devem
ter mais de duas leituras, na previsão do Inep. O MEC
já anunciou que as mudanças virão acompanhadas de um aumento de 40% no números de corretores para que todas as etapas de
correção consigam ser atendidas. A banca de corretores passará de 3 mil, como foi em 2011, para 4,2 mil profissionais.
Questiona-se, porém, se, mesmo com mais profissionais, o sistema dará conta de
corrigir com qualidade no prazo necessário. As informações são do jornal O
Estado de S.Paulo.
Agencia Estado - G1
Globo.com - Rio de Janeiro, RJ