VIRGINIA DA COSTA LIEBORT NINA. Representando a Educação em Pauini - Amazonas em trajetória de descobertas. 01/06/2000
1v. 157p. Mestrado. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO - EDUCAÇÃO (PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO)
Orientador(es): CLARILZA PRADO DE SOUSA
Biblioteca Depositaria: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Palavras - chave:
Representação Social; Educação; Alfabetização; Adultos
Área(s) do conhecimento: PSICOLOGIA EDUCACIONAL
Banca examinadora:
MARY JULIA M. DIETZSCH
Linha(s) de pesquisa:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA E AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DESTINA-SE A PROPOR ATIVIDADES E DESENVOLVER PROJETOS QUE ABORDEM A CONSTRUÇÃO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA. VISA A DISCUTIR AS QUESTÕES DE IDENTIDADE E DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA, NO ÂMBITO DA FAMÍLIA,
Agência(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação: CAPES - DS
Dependência administrativa
Particular
Resumo tese/dissertação:
O trabalho de capacitação e acompanhamento de alfabetizadores e adultos alfabetizandos em Pauini (AM) realizado através do Programa Alfabetização Solidária - PAS, do Conselho da Comunidade Solidária, em parceria como o Ministério da Educação e com a Universidade São Marcos (SP) é patrocinado, nesse município, pela Volkswagen do Brasil. O problema estudado nesta pesquisa partiu inicialmente destas questões: "O que é o processo de alfabetização para os alunos do Programa?" "Para que querem se alfabetizar?". Quanto ao pesquisador, "quais objetivos estaria atingindo com a realização desse trabalho?". O problema, portanto, se definiu como uma análise da inserção do Programa Alfabetização Solidária nas comunidades rurais de Pauini. A metodologia da pesquisa é qualitativa e utiliza a análise do conteúdo para desvelar as representações sociais sobre educação. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram a entrevista semi-estruturada e o diário de campo do pesquisador. Foram entrevistados 8 sujeitos de duas comunidades rurais do município. As categorias foram levantadas e analisadas a partir da teoria das representações sociais, tendo como referência o contexto sócio-cultural revelado pelo diário de campo e pela pesquisa bibliográfica. A análise revelou que a precária estrutura social do município não propicia condições para o processo de alfabetização. A escolarização não aparece como necessidade. A necessidade se resume ao conhecimento básico para a sobrevivência e, no processo de aprendizagem, a afetividade tem papel preponderante. Os sujeitos se sentem culpados pela sua pouca escolarização e manifestam gratidão por poder freqüentar, novamente, a sala de aula. Compreendem que têm obrigação de aprender. Essa dinâmica propicia uma internalização da exclusão, sofrida pelo analfabeto, que é reforçada pelo modelo do Programa Alfabetização Solidária, tendo em vista que sua estrutura e o trabalho pontual que vem sendo realizado no município, não se revelaram ainda como transformadores da realidade do alfabetizando. Portanto, este estudo sugere a necessidade de alterações na estrutura do Programa Alfabetização Solidária, em Pauini (AM), assim como a vinculação de sua proposta à política existente no Estado para Educação de Jovens e Adultos.