Maria José Mafra Naito. CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES QUE ATUAM EM EDUCAÇÃO DE JOVENS
E ADULTOS. 01/02/2006
1v. 140p. Mestrado. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE SÃO PAULO - EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA, SOCIEDADE
Orientador(es): LUCIANA
MARIA GIOVANNI
Biblioteca Depositaria: PUC SP
Palavras - chave:
Formação Continuada Prof., Educação Jovens e
Adultos
Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÃO
Banca examinadora:
Elenice Maria Cammarosano Onofre
LUCIANA MARIA GIOVANNI
PAULA PERIN VICENTINI
Linha(s) de pesquisa:
Escola e Cultura: Perspectivas das Ciências
Sociais Investiga como a instituição
social escolar realiza os processos e as práticas educacionais, visando à
formação e à educação dos seus profissionais e dos sujeitos que envolve.
Agência(s) financiadora(s) do
discente ou autor tese/dissertação: CAPES
Dependência administrativa
Particular
Resumo tese/dissertação:
A proposta deste estudo é a de investigar a
visão que coordenadoras, docentes formadoras e professoras participantes
expressam sobre dois cursos de Formação Continuada para professores de Educação
de Jovens e Adultos, realizados em um município da Grande São Paulo, no período
de 2000 a
2004, pós-municipalização do ensino. A coleta de dados foi realizada no período
de 2004 a
2005, por meio de procedimentos metodológicos que incluíram: a) realização de
entrevistas (com auxílio de roteiro construído e testado com essa finalidade)
com 01 profissional da Secretaria Municipal de Educação responsável pela
coordenação dos Cursos, 02 professoras formadoras em exercício nos Cursos e 12
das 60 professoras de EJA que participaram dos cursos; e b) realização de
análise documental envolvendo a legislação atual norteadora da Educação de
Jovens e Adultos no Brasil e documentação especifica produzida para e pelas
formadoras e professoras participantes dos cursos alvos deste estudo. Os dados
obtidos foram organizados em quadros-síntese e analisados à luz do referencial
teórico oferecido por autores que estudam a escola na sua relação com a
estrutura social e a cultura (Pérez Gómez); que estudam as relações entre
formação inicial e continuada de professores e ambiente escolar (Nóvoa, Huberman, Zeichner, Marin, Mizukami, Candau, Giovanni) e que estudam as questões relativas à EJA
(Arroyo, Soares e Ribeiro). Os resultados revelam que há aspectos básicos dos
Cursos, recorrentemente mencionados nas entrevistas e documentos que, quando
contrapostos à realidade das classes de EJA e às necessidades de seus alunos e
professoras, ora são considerados positivos, ora são considerados negativos
pelas profissionais entrevistadas. Ou seja, as dinâmicas e atividades
realizadas, a troca de experiências entre as professoras participantes, os
momentos de reflexão, as leituras realizadas, a teoria e a prática oferecidas,
os conteúdos trabalhados, os materiais e equipamentos utilizados, a organização
e uso do tempo e dos espaços ocupados pelos Cursos, os trabalhos em grupo, a
atuação das formadoras – não são elementos considerados absolutos na avaliação
dos Cursos. Exatamente por isso, a análise desse conjunto de opiniões das
diferentes profissionais envolvidas nos Cursos permite compor um quadro de
informações essenciais para se repensar novas ações dessa natureza.