Na reta final para o Enem
20/09/2011

 

A pouco mais de um mês do exame, professores dão dicas para provas de interpretação, que envolvem língua portuguesa e outros conhecimentos. Uma das chaves é trocar decoreba pela informação
Junia Oliveira No clima de contagem regressiva para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), concentração, disciplina e dedicação são palavras de ordem. A pouco mais de um mês para o teste que é o passaporte para várias instituições de ensino superior do país, entre elas a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o D+ ouviu professores de escolas bem posicionadas no ranking do Enem para ajudar os candidatos a fazer bonito nas provas e carimbar uma vaga na faculdade.

A cada semana, será abordada uma área do conhecimento cobrada no Enem. Professores darão dicas do que se deve observar nas questões e de como se comportar para ter um bom desempenho na hora H. A estreia será com uma das áreas mais importantes – códigos, linguagens e suas tecnologias. Os experts da área alertam: a língua portuguesa é a base para qualquer disciplina e a interpretação pesa bastante, seja na prova de literatura seja na de matemática. Por isso, ler e compreender são  conceitos-chave nessa maratona. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), linguagens e códigos se traduzem numa série de elementos. A começar pela aplicação das tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a vida. Também na identificação de diferentes linguagens e recursos expressivos, na capacidade de conhecimentos para resolver problemas sociais ou como função social e instrumento de posições críticas, entre outras definições.

CONHECIMENTO Alunas do 3º ano do ensino médio do Colégio Bernoulli, Júlia Pereira Afonso dos Santos e Isabela Ferreira Santos, ambas de 17 anos, entenderam bem a mensagem há algum tempo. Júlia conta que logo que entrou no colégio sentiu uma cobrança apertada em português. O jeito foi se esforçar ainda mais para não perder o ritmo. “No Enem, essa é uma área subjetiva e vai muito da sensibilidade. Passei a me dedicar mais. Fazia redações  tentando aplicar as correções dos professores e  sempre li jornais e revistas. Gosto de entrar em blogs de notícias e de artigos”, diz Júnia. Inteirar-se sobre o meio ambiente, sociedade, saúde, educação e outros temas que cabem perfeitamente no quesito “atualidade” faz parte da preparação da candidata a uma vaga em medicina. Isabela, que vai disputar uma vaga em odontologia, teve a mesma dificuldade quando começou as aulas no colégio, no ano passado. Para compensar a defasagem, ela mergulhou numa rotina de pelo menos quatro horas de estudo – fora da escola – e de muito exercício. “Aqui estudamos muita interpretação, enquanto em outros colégios vale mais o decoreba”, diz. Ler revistas para ficar sempre atualizada do que se passa no Brasil e no mundo virou obrigação. E tudo isso acrescido de uma carga horária que dá a dimensão da importância da área de linguagens e códigos. Na grade do Bernoulli, há uma aula de gramática por semana e duas de literatura, além de quatro de redação.

 

Estado de Minas