Mutum: redução de analfabetismo depende também das pessoas, diz
coordenadora
28 de Fevereiro de 2011
A Secretaria
Municipal de Educação e Cultura concluiu e já encaminhou à Secretaria de Estado
da Educação, o diagnóstico de educação de Jovens e Adultos e o Plano
Estratégico (PEEJA) 2010/13. As ações integram a Agenda Territorial de
Desenvolvimento Integrado de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos. Um
dado chamou a atenção da Comissão Municipal que atuou na realização desse
trabalho. “Em que pese todos os esforços feitos nos últimos 40 anos com o
objetivo de erradicar o analfabetismo, o Brasil só conseguiu reduzi-lo em
0,8%”, observa a coordenadora de Educação de Jovens e Adultos da secretaria, Rosmeri Fátima Feroldi Agnolin.
A Agenda
Territorial se reveste de importância singular, haja vista ser uma ferramenta
que permitirá aos gestores públicos municipais conhecer quantos são os analfabetos e, a partir dessa realidade, quem sabe
desenvolver metodologias que sejam mais eficazes, atingindo os objetivo de se
não acabar pelo menos reduzir drasticamente o número de analfabetos
brasileiros. “Mas como já temos visto isso não depende apenas dos governos.
Como lidamos com jovens e adultos, os resultados dependem também da vontade e
da persistência dessas pessoas. Os gestores têm oferecido diversas
oportunidades, mas estas não conseguiram atingir os objetivos”, explica Rosmeri.
A coordenadora
da Secretaria de Educação acredita que os resultados na educação de jovens e
adultos advirão de um novo posicionamento. “Em consonância com a Unesco, acreditamos que para
oportunizarmos verdadeiramente a cidadania, precisamos trabalhar com o conceito
dos quatro pilares: aprender a ser, viver juntos, fazer e conhecer, haja vista
estes terem surgido do desafio apresentado por um mundo em acelerada
transformação”,diz.
Entre a
população de Nova Mutum, por exemplo, o índice de
analfabetismo ficou em 7% de acordo com o diagnóstico da Agenda Territorial.
Essa realidade, na avaliação da coordenadora é bastante peculiar. “Precisamos
levar em consideração o fato de Nova Mutum ser uma
cidade em franca expansão econômica e por oferecer muitas oportunidades de
emprego e crescimento econômico atrai pessoas de todas as partes do país
especialmente pessoas com quase ou nenhum nível de escolaridade”, explica. Por isso, segundo Rosmeri,
o analfabetismo em Nova Mutum, é mais frequente entre operários rurais e urbanos.
Rosmeri lembra, ainda, que o processo educativo começa, idealmente, na infância, mas só se encerra com a velhice. “A EJA deve ser encarada desse modo, ou seja, considerar a aprendizagem que ocorre ao longo da vida, já que o exercício da cidadania se embasa numa aprendizagem contínua que observa o individual, o profissional e o social”, observa.
Fonte: Assessoria
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