Dayse
Aline Moreira. Migração, Escolarização e os Alunos de Educação de Jovens e
Adultos. 2007.
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v. 121 p. Mestrado. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Orientador (es): PAULA PERIN
VICENTINI
Biblioteca Depositaria: BDTD/IBICT
Palavras - chave:
Educação de Jovens e Adultos, Migração e
Alunos.
Área(s) do
conhecimento: EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA E SOCIEDADE
Banca examinadora:
PAULA PERIN VICENTINI
JOSÉ GERALDO SILVEIRA
BUENO
CELSO DE RUI BEISIEGEL
Linha(s) de
pesquisa:
Não foi informado pela autora no
trabalho.
Dependência administrativa
Privada
Resumo
tese/dissertação:
O
presente trabalho teve por finalidade realizar um perfil dos alunos que estão
hoje freqüentando a modalidade de ensino Educação de
Jovens e Adultos (EJA), confrontando as características daqueles que estão
matriculados na série inicial e na final do ciclo II do Ensino Fundamental (5 e 8 séries). A pesquisa foi realizada em 2006 em uma
escola da rede pública municipal de ensino da cidade de São Paulo, localizada
em uma região periférica, às margens da rodovia Anhangüera. Partiu-se da
hipótese de que existem tanto permanências quanto mudanças no perfil do aluno
que está freqüentando a EJA, comparado
com o perfil do aluno que freqüentou o supletivo no
passado. Além disso, contando com um número expressivo de migrantes entre os
sujeitos investigados, buscouse investigar se a
experiência da migração influenciou a forma como os sujeitos vivenciam a
escolarização. Também procurou-se verificar se homens
e mulheres vivenciam a experiência da escolarização de formas diferentes. Os
dados para traçar o perfil dos sujeitos investigados foram obtidos por meio da
aplicação de um questionário que continha 40 perguntas que giravam em torno de
aspectos socioeconômicos e aspectos ligados à trajetória escolar. O
questionário foi respondido por 23 alunos da 5. série e 31 da 8. série, totalizando
54 sujeitos. A análise dos dados foi feita com base nas contribuições
sociológicas de Pierre Bourdieu. A tabulação dos dados mostrou que todos os
sujeitos têm o desejo de prosseguir os estudos no nível do Ensino Médio. Isso
demonstra o quanto os sujeitos estão investindo no aumento do seu capital
cultural por meio da obtenção do diploma - forma materializada do capital
cultural no estado institucionalizado. Os dados foram tabulados por série e
demonstraram que os sujeitos da 8 são mais críticos em
relação à escola uma vez que somente nessa série apareceram avaliações
negativas. Os dados tabulados por sexo demonstraram que as mulheres apresentam
desvantagens quando comparadas aos homens em relação ao tempo de afastamento da
escola. A comparação entre migrantes e não-migrantes
revelou existir tanto semelhanças quanto diferenças entre esses dois grupos,
sendo que a diferença que mais chamou a atenção foi com relação aos aspectos
relacionados à alfabetização, tanto dos sujeitos quanto dos seus pais. Em
relação a esses aspectos, os índices dos sujeitos migrantes são piores que os
índices dos não-migrantes.