Ministério muda Enem para evitar o ranking das melhores e das piores escolas

18/08/2011

 

Falta de normas claras abrem espaços para escola poderem alterar os resultados. Tem novidade no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Durante um debate realizado, hoje, em São Paulo, a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Malvina Tuttman, informou que o resultado das escolas inscritas passará a levar em consideração o número de alunos inscritos. A decisão já passa a valer para instituições que participaram do último exame, em 2010. Segundo informações divulgadas pelo G1, o objetivo da medida é contornar resultados que não são refletem a realidade. Ocorre que como os alunos não são obrigadois a participar da avaliação, abre-se espaço para que as escolas possam manipularos resultados convocando apenas os estudantes mais aplicados para participar da prova.

No entanto, a presidente do Inep não revelou como será a nova configuração na divulgação das notas da última edição do Enem. "Queremos que cada escola tenha cesso à sua nota e saiba qual foi o seu perfil no exame. O Enem não foi criado para a formação de ranking e não deve ser usado como propaganda", disse Malvina. O resultado da última edição que estava previsto para ser anunciado em julho mas, por esta mudança no formato, será anunciado apenas em setembro, segundo informções do governo federal. Ao se emocionar lembrando de elementos políticos que fazem campanha "contra" ou "à favor" do exame, a presidente lembrou que "Ele não foi feito para o ministro ou para a residente, mas para a criança que está nascendo agora e que vai ter direito a uma educação de melhor qualidade", disse. Outra novidade é que os alunos poderão ter acesso às suas provas corrigidas. A medida já passa a valer para a próxima edição do exame marcada para o dia 22 e 23 de outubro e foi resultado de um acordo entre o Inep e o Ministério Público assinado na semana passada.

 

Correio Braziliense