Ministério
estuda incluir Enem no cálculo do Ideb para
universalizar índice
21 de agosto de 2012
O
ministro Aloizio Mercadante e a presidente do Consed,
a secretária de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul, Nilene
Badeca (foto: João Neto) O Ministério da Educação
estuda a substituição da Prova Brasil pelo Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) para o cálculo do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). Os resultados do Enem confeririam maior
universalidade aos resultados do ensino médio. Em 2011, o exame recebeu 1,5
milhão de inscrições de estudantes que concluíam essa fase, enquanto a amostra
do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb),
que inclui a Prova Brasil, avaliou 70 mil candidatos.
“O
Enem é quase censitário e os alunos já estão cobrando resultados”, disse o
ministro Aloizio Mercadante. “Com as cotas sociais, a participação deve crescer
ainda mais.” Durante encontro do ministro com representantes do Conselho
Nacional dos Secretários de Educação (Consed), na
manhã desta terça-feira, 21, foi proposta a criação de um grupo de trabalho
para debater a valorização do ensino médio.
O
grupo de trabalho contará com representantes do MEC, cinco representantes do Consed, um de cada região, e observadores da Academia
Brasileira de Ciência e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior (Andifes).
Outros
temas que o grupo deverá discutir serão o redesenho curricular do ensino médio,
a ampliação do ensino médio inovador e do ensino integral diurno. O grupo deve
apresentar o resultado das discussões na próxima reunião do Consed,
em 18 de outubro, em Santa Catarina.
Para
Mercadante, a restruturação do currículo para o
ensino médio deve abranger as quatro áreas de concentração do conhecimento do
Enem — matemática e suas
tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências da natureza e suas
tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias. Para o ministro, o ensino
médio inovador, que tem uma hora diária a mais e totaliza cinco horas, e o
professor, ao atuar em tempo integral na escola, devem ser valorizados. “O
ensino médio inovador trabalha com a flexibilidade curricular na interação por
concentração de conhecimento”, explicou.
Também
foi discutida a realização, em 2013, da Prova Nacional de Ingresso na Carreira Docente. A iniciativa pretende selecionar
professores para auxiliar municípios que têm dificuldades em realizar seus
próprios concursos. O exame deve acontecer no segundo semestre do próximo ano.
Assessoria de
Comunicação Social
Palavras-chave:
educação básica, ensino médio, Enem, Prova Brasil, Ideb
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