Mesmo com as
notas baixas das escolas públicas, governo avalia como positivo resultado do
Enem
12/09/2011
Chico de Gois e Catarina
Alencastro BRASÍLIA - O governo avaliou como positivo o resultado do último
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem-2010), que apontou que oito em cada dez
escolas públicas ficaram abaixo da média. De acordo com o líder do governo na
Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), na reunião de
coordenação nesta manhã a presidente Dilma Rousseff
não se mostrou insatisfeita com as notas. A escola mais bem avaliada no ranking
foi o Colégio de São Bento, do Rio, com média de 761,7 pontos, de um total de
1.000. A pior avaliação se deu na Escola Indígena Dom Pedro I, no Amazonas, que
obteve apenas 38,2 pontos. A primeira é privada, a segunda, pública. - O
resultado do Enem, apresentado pelo ministro (Fernando) Haddad (Educação), é
muito positivo. Houve algumas incompreensões e algumas avaliações que saíram na
imprensa, mas o resultado é muito positivo pelo seguinte: a meta que nós temos
é crescer 100 pontos em 10 anos e nós alcançamos nesta avaliação última do
Enem. Está dentro da meta, houve uma melhora significativa de todo o ensino no
país, dentro da meta esperada - disse Vaccarezza. Ao
ser perguntado se a presidente havia ficado insatisfeita com o resultado, o
líder negou. - Não tem como estar insatisfeita. Nós atingimos
a meta, é um dado positivo. Aquela questão colocada como metade das escolas,
você vai atingir. Tem muitas escolas distantes, em cidades pequenas, e você vai
atingir paulatinamente essas escolas. Não tem como ser equânime no país
inteiro. O fato de metade das escolas ou mais da metade não terem
alcançado a meta isso não diminui o sucesso do conjunto.
Vaccarezza reconheceu, no entanto, que há muito o que avançar, mas, em sua opinião, a qualidade da
educação está caminhando. - O fato é que houve uma melhora do ensino no país.
Isso é uma coisa muito importante. Essa discrepância (entre ensino público e
privado) era maior. Então, o ministro ainda está estudando, certamente houve uma
diminuição da discrepância entre o ensino publico e privado, mas se nós
observamos há 10 anos, há 9 anos, há 7, a discrepância
era maior. Esse dado nós não temos ainda, mas certamente a expectativa que nós
temos é que houve uma diminuição dessa discrepância e a tendência é diminuir -
declarou o líder.
O Globo