Bárbara Olímpia Ramos de Melo. A apropriação dos gêneros textuais: concepções, diretrizes e expectativas na alfabetização de jovens e adultos. 01/12/2003. 1v. 121p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - LINGÜÍSTICA

 

 Orientador(es): Maria Elias Soares

 

 Biblioteca Depositaria: Biblioteca do Centro de Humanidades

 

Palavras - chave:

 gêneros textuais; letramento; alfabetização jovens/adultos

 

Área(s) do conhecimento: LINGÜÍSTICA APLICADA

 

Banca examinadora: 

 Rosemeire Selma Monteiro

 

Linha(s) de pesquisa:

 PRÁTICAS DISCURSIVAS E ESTRATÉGIAS DE TEXTUALIZAÇÃO  ESTUDO DAS RELAÇÕES ENTRE CATEGORIAS DA LÍNGUA E CATEGORIAS DO DISCURSO EM SITUAÇÕES DE USO, A PARTIR DOS ENFOQUES ENUNCIATIVO, ORGANIZACIONAL E SÓCIO-INTERACIONAL.

 

Dependência administrativa: Federal

 

Resumo tese/dissertação:

 

 Levando em consideração que a língua escrita é um meio de interação entre as pessoas e que é nessa perspectiva que devem ser desenvolvidas as atividades em ambiente de sala de aula de alfabetização, o objetivo principal desse trabalho foi investigar como é concebido o processo de ensino-aprendizagem da escrita em um programa de alfabetização de jovens e adultos. Para isso, analisamos a proposta curricular, o livro didático de alfabetização de jovens e adultos e seu respectivo manual do professor, além de questionários respondidos por alunos e alfabetizadores. Para tanto, recorremos ao suporte teórico de Ferreiro (1999) e seguidores para as questões pertinentes à alfabetização; Tfouni (1988) e Soares (2000) fundamentaram as questões relativas ao letramento; e Bakthin (2000) respaldou a noção central de gênero textual. Constatamos, em linhas gerais, que o ensino da escrita ainda acontece permeado por problemas de diversas ordens a seguir enumeradas: a) apesar de a proposta curricular e do manual do professor do livro didático esboçarem uma concepção de escrita atrelada ao seu aspecto sócio-comunicativo, não é isso que acontece nas orientações didáticas e nas atividades de produção de texto; b) a designação para gênero textual e para os diversos gêneros textuais solicitados nas atividades ainda é muito instável; c) os gêneros textuais trabalhados em sala de aula não coincidem com aqueles mais presentes nas esferas comunicativas em que os alfabetizandos interagem; d) os gêneros textuais propostos nas atividades de escrita não atendem às expectativas de aprendizagem dos alunos; e) há uma incoerência entre aquilo que o professor afirma estar trabalhando em sala de aula e aquilo que o aluno diz estar aprendendo.