Secretaria
de Educação Profissional e Tecnológica
Nº 72 - 20 de dezembro de 2004 a 2 de janeiro de 2005
MEC abre credenciamento para Escola de Fábrica
Projeto é alternativa de inclusão educacional e social e aproxima setor produtivo da formação profissional
O Ministério da
Educação vai investir R$ 25 milhões na implementação
do projeto Escola de Fábrica em 2005. O orçamento servirá para criar uma rede
de 500 escolas, geridas por organizações não-governamentais e da sociedade
civil de interesse público, que implantarão unidades nas empresas. Essas
entidades serão responsáveis pela produção
técnico-pedagógica, acompanhamento e gestão, avaliação e certificação
dos alunos.
O valor financiado pelo
MEC à instituição gestora, por curso, para cada unidade de formação será de R$
30 mil. Porém, o valor da implantação do mesmo curso em outras unidades
formadoras será de R$ 15 mil. Esses foram os principais pontos do projeto Escola de Fábrica explicados pelo ministro Tarso Genro no
dia 16 último, durante o lançamento da chamada pública para credenciamento de
instituições gestoras, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp).
Presentes ao evento,
além do ministro, o vice-presidente da Fiesp, Roberto Della
Manna, o presidente do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias, e mais de
150 empresários. Na ocasião, MEC e Fiesp assinaram protocolo de intenções para a implementação do projeto.
"O Escola de Fábrica é uma alternativa de inclusão técnica de nível fundamental e de inclusão social. A proposta busca aproximar o setor produtivo dos processos educativos, promovendo a responsabilidade social", destacou o ministro. O vice-presidente da Fiesp disse acreditar que o projeto Escola de Fábrica será uma complementação significativa de formação profissional às atividades já oferecidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi).
Participação - Poderão participar do projeto empresas associadas, médias
ou pequenas, e empreendimentos agroindustriais e rurais. As empresas serão
responsáveis pela infra-estrutura física, funcionários e técnicos que possam
atuar como instrutores, além dos custos da implantação das unidades formadoras.
Também devem assegurar alimentação, uniforme e transporte aos alunos. Para
incentivar as empresas, o MEC vai financiar as bolsas durante seis meses nos
dois primeiros anos. De acordo com a chamada pública, as pequenas e médias
empresas que queiram participar do projeto, mas que tenham dificuldade com os
custos de implantação da unidade formadora, podem formar consórcios ou grupos.
Para garantir a diversidade regional, a chamada pública prevê a aplicação de 30% dos recursos nas regiões Norte e Nordeste. Cada empresa deve montar uma unidade formadora com capacidade para 20 alunos por ano. Os cursos terão duração mínima de 600 horas.
FONTE