MÁXIMO, Maria Rosa
Sancho Moreira. “PROGRAMA INTEGRAR: EDUCAÇÂO E RESISTÊNCIA. O Sentido de um
projeto Político Pedagógico frente a uma conjuntura de crescente exclusão
social de desemprego”.
Orientador: Prof. Dr. José Luis Sanfelice
Argüidores: Prf. Dr, René José Trentin Silveira
Prof. Dr. Luiz Percival Leme Brito
Data: 08/11/02
Resumo da obra:
A luta em torno da educação pública tem se constituído num elemento fundamental de resistência à implantação das políticas sociais neoliberais na educação brasileira. Os efeitos destrutivos do capitalismo aparecem de forma aguda, e com isso cresce a responsabilidade dos movimentos sociais na luta intransigente pelo fim dos mecanismo de marcado e suas políticas legitimadoras e pelo fim da exclusão social. A luta em defesa da educação pública e gratuita, de qualidade e democrática, deve ser colocada no seu devido lugar, isto é, como uma das lutas fundamentais para barrar a hegemonia do pensamento neoliberal. É preciso vivenciar a democracia igualitária no interior dos movimentos socais , sindicais, estudantis e populares e trazê-las para o inteiro das políticas sociais de Estado. Essa tarefa deve ser assumida pelos movimentos sociais, e, por isso, a cidadania ativa tornou-se estratégias de construção democrática, de transformação cultural. Articulando0 política e cultura em razão desses determinantes históricos, os movimentos sociais constataram a necessidade de uma mudança que trouxesse um sindicalismo mais orgânico e politizado. Surge, então, no interior da Central Única dos Trabalhadores/CUT, uma política nacional de formação, com o propósito de ser um projeto político emancipador, e não um simples adestramento. Desse projeto surge então o Programa Integrar, exigência de uma luta político pela reorganizar. Pela educação, conduzir os sujeitos a pensar, estudar – através de noções com as histórias, angústias, desejos e sonhos individuais e coletivos dos trabalhadores. Um Projeto de Educação Integral cujo objetivo é articular as dimensões da educação para a vida, para o trabalho e para o pleno exercício da cidadania, tendo como horizonte a superação do saber fragmentado, estanque. Através desse projeto a estratégia da Central Sindical é manter constante na sociedade o debate sobre as novas possibilidades de políticas educacionais para adultos e trabalhadores em nosso país, e o que se espera como resultado é poder devolver par o Estado a responsabilidade de através de ações diretas, oferecer oportunidade de requalificação e/ou atualização profissional à totalidade dos que efetiva ou potencialmente exerçam ou venham a exercer alguma atividade produtiva, independentemente da escolarização regular. Os agravos do capitalismo e a realidade crescente do desemprego estrutural tem levado certos espaços organizativos de esquerda da sociedade – como é o caso da Central Única dos Trabalhadores, em destaque neste trabalho por um de seus Projetos – a entender como sobreviver, em que e como trabalha, como se educa e se organiza a multidão de excluídos da economia globalizada.